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Loira no banco dos réus dá tons de novela ao drama real

Waldemar Gonçalves | 30/03/2017 06:00

Júri pop – Lágrimas, contradições e um cabelo platinado, escovado e bem cuidado marcaram ontem o julgamento de Gabriela Santos Antunes, loiríssima no banco dos réus, e da amiga Emilly Karoliny Leite, denunciadas pela morte da manicure Jennifer Nayara Guilhermete de Moares, 22 anos, em janeiro do ano passado.

Fruto do meio – Na tentativa de amenizar a crueldade do crime, comover o júri e diminuir as contradições, a defesa de Gabriela, feita por Estella Bauermeinster, pediu com ênfase que a “miss” contasse a difícil história de vida dela, que foi negligenciada pelos pais quando criança e depois sofreu com abusos do padrasto na adolescência.

Novela mexicana – Esse foi um dos pontos altos do julgamento. Indignados, vários amigos e familiares da manicure Jennifer se retiraram do auditório enquanto miss Gabriela contava, com lágrimas nos olhos, os sucessivos abusos que sofreu na infância.

Mãe na churrasqueira – “Fala de quando você tentou botar sua mãe na churrasqueira, sua vagabunda fingida”, gritou uma amiga da vítima alegando que tudo não passava de encenação. O juiz Aluízio Pereira dos Santos precisou intervir para a restauração do silêncio.

Drama real – O depoimento de Lucimar Vieira, mãe da vítima, começou com fala firme: “Quem tem que estar intimidadas são elas, não eu”. Porém, terminou aos prantos quando ela lembrou das inúmeras vezes que o neto de dois anos chamou pela mãe. Em tempo: até o fechamento desta coluna, os jurados ainda estavam reunidos para decidir o futuro das rés.

Quero ajudar – Enquanto se dirigia para uma entrega de uniformes na Escola Municipal Elpídio Reis, ontem de manhã, o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), se deparou com um acidente envolvendo uma motociclista que aguarda atendimento médico. Ele parou para atender a jovem acidentada e ficou com ela até a chegada do Corpo de Bombeiros, segundo contaram assessores.

Dever de ser humano – Marquinhos contou que a jovem estava com calcanhar direito 'dilacerado', escoriações no corpo e reclamando de dores no quadril. "Fiz meu dever de ser humano (parar para ajudar)", relatou o prefeito, explicando que o motorista do carro acertou a motociclista ao atravessar a via preferencial sem atenção necessária.

Fim de uma era – "O jeitinho brasileiro é coisa do passado". Foi o discurso uniforme de empresários sul-mato-grossenses durante evento na Fiems (Federação das Indústrias de MS), ontem, em que foi apresentado programa de incentivo a condutas éticas e transparentes nas empresas do Estado. A maioria diz acreditar que vivemos agora uma retomada de confiança nas instituições, com um combate cada vez maior dos desvios de conduta de agentes públicos e instituições.

Dois lados – Para apresentar o projeto, o ministro da Transparência, Torquato Jardim, viajou a Campo Grande e deixou bem claro que o Governo não é o único responsável em combater a corrupção. Lançou mão do discurso de que “para haver um corrupto é necessário um corruptor”. "Essa é uma avenida de mão dupla, em que por definição são necessárias duas pessoas, uma de cada lado do balcão", disse.

Sem generalizar – “Devemos separar o joio do trigo”, defende o presidente da Fiems, Sérgio Longen. “Se uma empresa não cumpre as regras, automaticamente deve ser fechada”. Para o empresário, é necessário separar as instituições boas das ruins, sem que haja generalizações.

(com Lucas Junot, Marcus Moura e Richelieu de Carlo)

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