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Jogo Aberto

Semáforo e gente consciente custam menos que viaduto

Waldemar Gonçalves | 21/03/2017 06:00

Viaduto – O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), admite que mesmo com as obras para instalação de semáforos na rotatória no cruzamento das avenidas Mato Grosso e Via Parque para desafogar o trânsito, a população segue dizendo a ele que seria melhor construir um viaduto no local.

Pontilhão – Marquinhos comentou sobre isso ontem, no lançamento oficial de início das obras. O evento contou com a presença de representantes do governo do Estado e da Câmara Municipal. Alguns vereadores também se queixaram da escolha pelos semáforos. “Um pontilhão é a melhor solução”, disse um parlamentar, ao que colega respondeu: “Mas não tem dinheiro”.

Mais caro – O investimento estimado para a construção de um viaduto e por fim definitivamente a um dos principais gargalos do trânsito da Capital seria de até R$ 35 milhões, segundo Marquinhos. “Com essas obras vamos resolver o problema por pelo menos 20 anos e gastar apenas R$ 1,6 milhão”, defendeu.

Desobedientes – Para Janine de Lima Bruno, diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), só as melhorias estruturais não bastam no local. “Um dos motivos dos congestionamentos é que os condutores não obedecem às faixas das avenidas”, alega. Ele também informou que a agência vai intensificar fiscalização no local para orientar os motoristas.

Apoio canadense – A presença do embaixador canadense no Brasil, Riccardo Savone, na assinatura do pacto de intenções entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso nas questões de segurança pública, ontem, foi vista com desconfiança por lideranças policiais do nosso Estado. "Já que o governo brasileiro não atende os pedidos por dinheiro, vão pedir para outro país", ironizou um delegado.

Exclusão – O pensamento geral dos policiais militares e civis é de que o Governo Federal não atenderá demandas sul-mato-grossense no que tange a segurança pública, principalmente pela falta de caixa e o fato de o Estado pedir via Supremo Tribunal Federal quase R$ 617 milhões para custear despesas de traficantes internacionais presos no sistema local.

Só na Justiça – O governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), comentou que durante dois anos tentou dialogar com a União em relação aos gastos com presos federais. No entanto, como não houve resposta, a medida cabível foi entrar na Justiça em busca de uma solução.

Ponderação – Questionado, Savone admitiu que o governo canadense pode ajudar. Disse que o país norte-americano já faz intercâmbio com países sul-americanos como Equador, Colômbia e Bolívia para o combate ao tráfico de drogas.

Temos experiência – O embaixador levou na bagagem documentos e a promessa de acompanhar pessoalmente o trabalho feito pelos poderes estaduais na questão. "Temos experiência com a fronteira com os EUA e podemos trocar experiências e métodos de atuação", disse Savone.

Repercussão – O pedido do governo estadual ao STF, aliás, repercutiu nacionalmente. Duas das quatro revistas semanais de circulação em todo o País trataram do tema. Em uma delas, o secretário José Carlos Barbosa repetiu em entrevista os argumentos que motivaram a ação.

(com Leonardo Rocha, Rafael Ribeiro e Richelieu de Carlo)

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