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Veterinário que rejeitou cargo, agora quer ser candidato

Waldemar Gonçalves, Anahy Gurgel, Mayara Bueno e Ricardo Campos Jr. | 27/03/2017 06:00

Irônico - Nesta semana, após anunciar que não comandaria o CCZ, o médico veterinário André Luis Soares da Fonseca fez um desabafo pelo Facebook. “Na minha próxima encarnação, farei menos esforço e virei com ensino fundamental incompleto e com um salário bem baixinho. Talvez assim esteja melhor habilitado para ser um gestor de saúde pública no Brasil”.

Supersalário? – André Luís é professor concursado da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) com salário de R$ 17.134,75. Marquinhos disse que tentou negociar a cedência dele sem ônus para o município, porque não poderia pagar mais do que recebem os outros secretários (cerca de R$ 12 mil) ao profissional, mas a instituição negou.

25 anos pra que? - O veterinário fez questão de justificar seus ganhos. “Gostaria realmente de pedir desculpas aos meus amigos por ter concluído duas graduações e ser médico veterinário e advogado, de ser especialista em laboratório de doenças bacterianas e virais, de ser especialista em direito civil e processual civil, de ser mestre em Imunologia e doutor em Doenças Tropicais e Saúde Pública internacional e de ser um professor concursado com 25 anos de carreira numa universidade federal do Brasil”.

Candidato - André Luís já está articulando candidatura a uma vaga no Legislativo nas próximas eleições. Vai deixar o PV (Partido Verde) e está até recorrendo a uma pesquisa informal para saber a opinião de amigos e pessoas próximas acerca do partido em que deve se filiar para disputar mandato estadual ou federal.

Terceirizar para lucrar - Por falar em salário baixo, a proposta que libera empresas para terceirizar qualquer atividades tem levantado debates quentes na Assembleia Legislativa. O deputado Renato Câmara (PMDB) disse que viu com um pouco de preocupação as mudanças nas regras de terceirização no Brasil. "Existe a questão de geração de emprego, mas não é afrouxar as leis trabalhistas a melhor solução".

Lastro forte - Para Maurício Picarelli (PSDB) a mudança vai favorecer as empresas, que pediam uma legislação mais flexível em relação ao tema. Porém o trabalhador que for terceirizado precisa ver se a empresa que o contratou tem força para se manter. Já Pedro Kemp (PT) considera mais um "golpe contra a classe trabalhadora", que com a terceirização liberada, terá locais de serviço mais precários, com média salarial muito baixa.

Cenário - As manifestações de rua, pressão popular e movimento nas redes sociais podem fazer com que a reforma da Previdência seja até retirada de pauta. A previsão otimista é do deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT), que acredita que o cenário tem mudado, principalmente, depois da aprovação do projeto de terceirização.

Previdência - Segundo o parlamentar, a terceirização, que é “um caos para o trabalhador”, atende os interesses de muitos que também apoiam a reforma previdenciária. Portanto, somando à mobilização popular, a proposta de reformulação da Previdência “corre o risco” de ser retirada de pauta.

Amigão - Mas o presidente anda bem bonzinho com os parlamentares. Segundo reportagem do jornal Estadão, Michel Temer já destinou R$ 5,8 bi para deputados federais em 7 meses, enquanto Dilma empenhou R$ 3,4 bi em todo ano de 2015.

Corrida maluca - A falta de vagas na rede pública de saúde em Campo Grande tem gerado uma espécie de corrida de ambulâncias por leitos na cidade. Neste sábado, só havia uma vaga e em uma UPA da cidade. O Corpo de Bombeiros, ao atender uma ocorrência de acidente, anunciou que a ordem era sair o mais rápido possível, pois o leito poderia ser preenchido por outro paciente.

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