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Arquitetura

Inspirada em Paraty, casa tem janelas guilhotina e sacadas que lembram o passado

Paula Maciulevicius | 03/03/2015 06:23
A beleza das casas dessa era está na simplicidade. (Foto: Arquivo Pessoal)
A beleza das casas dessa era está na simplicidade. (Foto: Arquivo Pessoal)

A casa parece um verdadeiro refúgio em meio a um legado colonial. Foi de uma viagem do casal dono da residência à cidade de Paraty, no Rio de Janeiro, que veio na bagagem a inspiração da fachada simples, mas carregada de charme. Janela guilhotina, madeira de demolição e as sacadas são um convite para adentrar ao espaço que parece vir do passado. A arquitetura escolhida dá a entender, numa primeira olhada, que não estamos em Campo Grande. Mas o site de vendas anuncia que a residência está mais perto do que a gente imagina, na região do Parque dos Poderes.

A exploração do azul vem da arquitetura colonial. A beleza das casas dessa era está na simplicidade. As janelas estilo guilhotina contam por si só uma história, de quando se começou a querer mais privacidade e elas ganharam grades de madeira que permitiam a ventilação, mas escondiam a vista para dentro dos ambientes. De vidro, as janelas do estilo chegaram aqui junto com a família Real, no início do século XIX. Hoje, elas fazem referência a este passado na casa do condomínio no Parque.

Piso de cimento queimado e tijolinhos à vista fazem a casa por dentro. (Foto: Marcelo Calazans)
Piso de cimento queimado e tijolinhos à vista fazem a casa por dentro. (Foto: Marcelo Calazans)
Escadaria leva aos três quartos de cima.  (Foto: Marcelo Calazans)
Escadaria leva aos três quartos de cima. (Foto: Marcelo Calazans)
Luminárias em forma de casas de Paraty foram feitas à mão. (Foto: Arquivo Pessoal)
Luminárias em forma de casas de Paraty foram feitas à mão. (Foto: Arquivo Pessoal)
Estante circular é igual a do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. (Foto: Arquivo Pessoal)
Estante circular é igual a do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. (Foto: Arquivo Pessoal)
Em cima, portas de madeira de demolição dão graça ao ambiente. (Foto: Marcelo Calazans)
Em cima, portas de madeira de demolição dão graça ao ambiente. (Foto: Marcelo Calazans)

Os proprietários são jovens e sem filhos. Ele, é músico, ela é turismóloga e juntos construíram a casa dos sonhos há dois anos. Projeto da arquiteta Cintia Vizarro Leite, foi pouco mais de 12 meses de obra que envolveu muita madeira de demolição e abrigo para os móveis antigos. Alguns comprados, outros herdados, com valores inestimáveis.

A vontade dos donos era de abrir as portas para uma casa que recebesse bem, assim como eles, os amigos e que de quebra, integrasse os ambientes. Ela, por gostar muito de cozinhar, tinha a exigência de que o projeto não a deixasse isolada, além de prever bastante área externa.

Quando se entra, a sensação é de ver tudo, como se já estivesse quase saindo. Por dentro, vidro e tijolinhos à vista fazem companhia aos armários de madeira de demolição e ao piso de cimento queimado. A posição das janelas, bem como as aberturas de portas para a área de lazer propiciou iluminação e ventilação natural. A residência também tem um aspecto de casa ecológica, por trabalhar lâmpadas de LED ao invés das tradicionais.

Um dos quartos tem chapéu na parede para decorar. (Foto: Arquivo Pessoal)
Um dos quartos tem chapéu na parede para decorar. (Foto: Arquivo Pessoal)
Cantinho vintage da sala tem radiola que era do avô do dono da casa. (Foto: Arquivo Pessoal)
Cantinho vintage da sala tem radiola que era do avô do dono da casa. (Foto: Arquivo Pessoal)
O projeto integrou os ambientes entre salas, cozinha e área externa.  (Foto: Arquivo Pessoal)
O projeto integrou os ambientes entre salas, cozinha e área externa. (Foto: Arquivo Pessoal)

A decoração tem instrumentos musicais em meio ao espelho que veio de uma viagem aos Estados Unidos e a radiola do avô do dono. No mesmo cantinho, para fechar o vintage, uma cadeira de barbeiro dos anos 50.

A luminária da escada de ferro que dá acesso aos três quartos foi feita à mão. Casinha por casinha tal qual a fachada, no estilo Paraty. Dos 420m² do terreno, a casa ocupa 240m² com um detalhe que orna perfeitamente com a proposta: um quadro em PVC com textura para resistir às agruras do tempo.

Na parte externa, além de muito verde e espaços improvisados como o deck e almofadas convidam a uma esticadinha para horas de conversa ou simplesmente sentir o sol. O telhado da área também é diferente, de capim santa fé, ele é um isolante térmico que não deixa passar o calor da cidade para dentro do imóvel.

Nos banheiros, por apego dos moradores às visitas, cada um que chega precisa deixar um pouquinho de si, em giz nas paredes. O resultado é de querer fazer igual. A casa é bem fotogênica e segundo os donos, não tem quem entre sem gostar. Por não ser justamente aquela coisa "impecável", o estilo colonial da fachada brinca com o rústico, o cimento e a madeira, deixando moradores e visitantes bastante à vontade.

Na cozinha, madeira de demolição virou armários. (Foto: Arquivo Pessoal)
Na cozinha, madeira de demolição virou armários. (Foto: Arquivo Pessoal)
Ambiente não está isolado e permite que quem cozinhe possa interagir. (Foto: Marcelo Calazans)
Ambiente não está isolado e permite que quem cozinhe possa interagir. (Foto: Marcelo Calazans)
No banheiro, paredes ganham palavras em giz de lembrança dos visitantes. (Foto: Marcelo Calazans)
No banheiro, paredes ganham palavras em giz de lembrança dos visitantes. (Foto: Marcelo Calazans)
Do jardim, muito verde. (Foto: Marcelo Calazans)
Do jardim, muito verde. (Foto: Marcelo Calazans)
Na área externa, telhado tem capim santa fé. (Foto: Arquivo Pessoal)
Na área externa, telhado tem capim santa fé. (Foto: Arquivo Pessoal)
Material funciona como isolante térmico. (Foto: Arquivo Pessoal)
Material funciona como isolante térmico. (Foto: Arquivo Pessoal)
E da fachada, a paixão por Paraty. (Foto: Marcelo Calazans)
E da fachada, a paixão por Paraty. (Foto: Marcelo Calazans)
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