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Artes

Aos 22 anos, Matu Miranda volta do CE com o som intuitivo de quem cresceu em MS

Naiane Mesquita | 14/09/2016 06:25
Aos 22 anos, Matu sonha em seguir carreira de cantor (Foto: Alcides Neto)
Aos 22 anos, Matu sonha em seguir carreira de cantor (Foto: Alcides Neto)

Matheus ou Matu Miranda é sul-mato-grossense, mas quase não bebe mais tereré. Há três anos morando em Fortaleza, no Ceará, o cantor está de passagem por Campo Grande e aproveitou para dar algumas palhinhas em eventos da cidade. Filho de artista, ele aprendeu cedo o poder que a música e o teatro tem.

“Meu pai sempre cantou, minha mãe também, ela é atriz. A arte foi algo presente na minha casa durante todos esses anos”, afirma Matu. Filho de Daniele Rodrigues, que interpretou a personagem Narizinho, do Sítio do Pica Pau Amarelo nos anos 80, Matheus já se aventurou pelo teatro.

“Isso é um grande incentivo. Meus pais me apoiaram muito, minha mãe principalmente. No início, meu pai ficou um pouco cauteloso, mas agora está tranquilo. Normalmente, eu percebo que as famílias se preocupam muito pela questão financeira, de como o artista vai viver disso, se sustentar”, explica.

Mesmo crescendo ouvindo Elis Regina, Matu só foi se interessar mesmo pela música depois que sofreu uma lesão no braço. “Eu andava de skate, adorava. Até que sofri um acidente, cai e sofri uma lesão. Fiquei seis meses de molho, em casa, e foi quando me aproximei do violão. Eu devia ter 17 anos e isso aumentou muito a minha criatividade com o instrumento”, relembra.

Matheus morou em Campo Grande até 2013, quando decidiu viver uma temporada ao lado da mãe em Fortaleza. Lá iniciou os estudos em uma universidade de música, mas acabou trancando o curso neste semestre. “Não estava dando para conciliar a faculdade com a minha carreira. O meu projeto solo tem dado muitos frutos, estou com uma banda ótima formada por músicos excelentes do Ceará, estamos produzindo bastante, gravando canções”, descreve.

Acompanham Matu, Thiago Almeida (piano), Thiago Rocha (saxofone), Netinho de Sá (contrabaixo) e Michael Rodrigues (baterista). As composições gravadas são autorais e mostram uma tentativa do músico de se aproximar de uma MPB mais antiga, usando novos experimentos, e com o som marcado pelos instrumentos de sopro. “Minha música é muito intuitiva. Eu falo do meu aprendizado, da minha experiência de vida. Ultimamente tem sido cada vez mais fácil seguir essa intuição musical”, explica.

De referências musicais, ele leva Gilberto Gil e canções de jazz, funk e soul. “Tem samba e rock também. Daqui, eu lembro bastante de Tetê Espíndola e Dani Black”, diz.

Nas letras, Mato Grosso do Sul aparece em forma de calmaria. “Aqui me remete muito a isso, essa tranquilidade de ser uma Capital, porém com um ritmo devagar, tranquilo, diferente de Fortaleza, por exemplo. A questão da natureza e a relação com ela também”, diz.

Na sexta-feira, o cantor vai se apresentar no Sol Autoral, na travessa Vilhena, às 20 horas. Informações no evento do Facebook. 

Ouça Matu.

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