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Artes

Depois de 14 anos, Canto da Terra reúne formação original para show especial

Aline Araújo | 09/02/2015 08:12
Anos depois, o reencontro.
Anos depois, o reencontro.

Nasci no interior do Estado e todo domingo chegava na casa do meu avô e escutava de longe “Soy el Chamamé Tocando”. sempre no radinho vermelho da varanda. Canto da Terra era um dos preferidos dele. Sinto nostalgia e lembro do meu avô sempre que escuto as canções do grupo. A minha história é só uma de muitas que ganharam trilha sonora deles.

Com saudades do tempo em que o grupo lotava espaços como o Sindicato Rural de Campo Grande, o empresário Jonas De Paula, de 51 anos, fez uma brincadeira na internet para saber a reação dos fãs: "E se a formação original da banda retorna-se ao palco para um show especial, onde ele deveria ser?", O post bombou e em menos de 24 horas ultrapassou os mil compartilhamentos.

A banda tem 22 anos de histórias, mas há dois está inativa. Durante esse tempo, o grupo passou por várias formações. A primeira durou de 1993 a 2001. Com cinco discos lançados, eles vivenciaram juntos o auge do sucesso. Viajaram por todo o País. Segundo Jonas, o fim foi natural, ninguém brigou, mas os caminhos e interesses se desencontraram e cada um seguiu para um lado.

Antiga formação.
Antiga formação.

Passados 14 anos, a ideia de retomar à formação original empolgou os fãs. Alguns músicos já nem trabalham na área e para realizar o sonho de reviver os tempos de ouro foi preciso muita conversa.

Ireno Malaquias (baixista e cantor), é engenheiro, e estava há um tempo afastado da música profissional. Jorge de Carvalho (voz e violão) está em uma assessoria parlamentar. O baterista, Edmilson Freitas, conhecido como Feijão, Ico Cordeiro e Marlon Maciel continuaram com suas carreiras independentes.

Eles vão reaparecer juntos em show, que já está confirmado, e deve ocorrer no início de abril. Mas ainda não há local definido.

Saudade - É pura nostálgica trazer para o palco um pouco da energia do inicio da década de 90. “O baile era uma acontecimento, as pessoas combinavam de se ver lá. Era um ponto de encontro. A ideia é fazer o que a gente gosta e reviver um pouco a época”, comenta Jonas, o atual empresário do grupo.

Os fãs também vão poder palpitar no repertório. Algumas enquetes vão ser feitas pela fanpage. Aliás, as redes sociais foram fundamentais para os amigos decidirem se reunir. Foi o sucesso da postagem descompromissada que fez o empresário notar o quanto os fãs sentem falta do grupo.

Saudosista, ele lembra do tempo em que os bailes movimentavam o Estado, não só em Campo Grande, mas também no interior, em que as pessoas das cidades vizinhas viajavam só para curtir a festança. “Se o Zezé (Camargo) vendia 10 mil, nós vendíamos 30 mil na época”, comenta.

Muitas histórias passam pela banda, já teve muito fã que se conheceu em um show e acabou no altar. Quem gosta, aproveitou a postagem no Facebook para deixar mensagem contando histórias sobre a importância da banda na sua vida.

Jonas não abastece a rede com regularidade, já que a banda não está ativa, e mesmo assim, ele sempre recebe mensagem dos fãs com saudade, que deve ser amenizada no show de abril.

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