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Artes

Diretor da Feira Central nega censura a grupos e pede respeito aos artistas

Ângela Kempfer | 28/08/2013 06:08
Cortejo que deu origem à confusão de domingo.
Cortejo que deu origem à confusão de domingo.

“Uma noite lamentável” resume a avaliação de diretores da Feira Central de Campo Grande sobre o bate-boca seguido de denúncia nas redes sociais protagonizadas por artistas e seguranças no último domingo.

Dois dos grupos populares mais conhecidos da cidade dizem que foram barrados, com direito a portão fechado na cara. Teatro Imaginário Maracangalha e Cordão Valu tentaram fazer um cortejo cultural, mas foram impedidos e acusam a Feira de censura e truculência.

Já um dos diretores garante que a história é bem diferente e que só não houve autorização imediata porque uma dupla sertaneja fazia show no mesmo horário e seria um desrespeito com os cantores a passagem do cortejo com o barulho de tambores e cantos.

“Os artistas tem o discurso do respeito, mas a dupla foi desrespeitada. Não temos problema nenhum com esses grupos, mas não podemos permitir que um interfira na apresentação de outro”, defende um dos me3mbros da Associação da Feira Central, Rodrigo Kampa.

O empresário argumenta que “a Feira não é um espaço público e sim misto. É administrado por associação de caráter privado. Mas sabemos que em essência é um espaço cultural e sempre vai estar aberto a isso, desde que seja de forma organizada.”

Além de feirante, ele também é compositor há 15 anos em Campo Grande, por isso diz que pode se colocar na pele de ambos os lados. “Se não houver um agendamento, uma organização, o que era para ser manifestação cultural e artística vira bagunça”, adverte.

Mas Rodrigo não vê equívocos por parte dos seguranças da Feira. “Eles têm a orientação de barrar manifestações não agendadas. Temos famílias, temos organização para garantir segurança de todos. Não dá para todo mundo fazer o que quer. Já pensou, se no meio de uma peça de teatro alguém passar batucando? Não é porque o movimento é de artista que tem de ser caótico”, argumenta.

Depois de embate entre artistas e os seguranças, o cortejo acabou liberado. Segundo Rodrigo, no fim das contas, os maiores prejudicados foram os sertanejos que estavam no palco. “A dupla teve de parar o show. É um constrangimento”.

Ele lembra que nunca houve qualquer problema com o Bloco Valu e o Maracangalha. “Todo o Carnaval eles passam por aqui, desfilam livremente. O Fernando Cruz (ator) já fez vários espetáculos na feira”, diz Rodrigo sobre o líder do grupo Maracangalha.

Para os grupos, ele pede bom senso. “O cortejo já havia sido organizado há muito tempo e alguém poderia ter entrado em contato para que não houvesse conflito de horários. Seria muito bem-vindo, desde que em outro momento que não interferisse no show”, assegura.

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