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Artes

Quadro apreendido volta a ser exposto com nova classificação etária

Renata Volpe Haddad e Izabela Sanchez | 16/09/2017 16:20
Quadro voltou a ser exposto, às 13h deste sábado (16). (Foto: Marina Pacheco)
Quadro voltou a ser exposto, às 13h deste sábado (16). (Foto: Marina Pacheco)

Após grande polêmica, o quadro apreendido pela Polícia Civil na tarde de quinta-feira (14) voltou a ser exposto no Marco (Museu de Arte Contemporânea), localizado no Parque das Nações Indígenas, na tarde deste sábado (16), com classificação etária.

A obra foi devolvida pelo delegado Fábio Sampaio para o secretário de Cultura e Cidadania, Athayde Nery, ontem (15), para que ele fosse fiel depositário, porém, a obra não voltaria a ser exposta, só apenas depois de decisão judicial.

Nery explicou ao Campo Grande News que conversou com os deputados Paulo Siufi (PSC) e Herculano Borges (SD), para que o quadro pudesse voltar a ser exposto. "O que faltava era diálogo. Conversamos e entendemos que a exposição da artista mineira Alessandra Cunha, precisava de uma classificação etária e foi isso que fizemos, colocamos na porta do Marco que só maiores de 18 anos podem visitar as obras da artista", explica.

O quadro voltou ao museu às 13h. No local, funcionários contaram que o movimento continua normal, sem grandes curiosos depois da polêmica. Porém, depois do que foi noticiado, o diagramador Altidor Garcia, 46, aproveitou a folga de hoje para conhecer o quadro polêmico. "Eu olhei para o quadro e não vi algo tão impactante a ponto de tirar a obra do museu. Acredito que esse tipo de exposição da arte é válida para discutir a questão da violência", afirma.

Elaine é arte educadora e disse que exposição é importante para chamar atenção das pessoas com relação ao crime sexual.  (Foto: Marina Pacheco)
Elaine é arte educadora e disse que exposição é importante para chamar atenção das pessoas com relação ao crime sexual. (Foto: Marina Pacheco)

A arte educadora Elaine Weis, 41, também visitou o Marco nesta tarde. Ela diz que não é todo adolescente que tem condições de entender a mensagem que a artista tenta passar, mas que a exposição é importante. "Eu não conhecia as obras dela e vim para entender melhor, mas vi realmente que não tem apologia à pedofilia. Vejo uma exposição expressiva contra os mal tratos e a violência", comenta.

O deputado Paulo Siufi, alega que a preocupação dele era com as crianças e os adolescentes, já que a classificação etária da exposição estava a partir de 12 anos. "Eu não tenho nada contra a artista e nem a conheço, mas como deputado, eu me preocupo com as crianças, não tinha classificação. Agora, como classificaram com 18 anos, eu não vejo problema em continuar exposto no Marco".

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