ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 22º

Artes

A artista, o peixe, a menina de papel em uma lição de sustentabilidade

Elverson Cardozo | 25/07/2012 19:01
O peixe, a menina de papel e as nuvens. (Foto: Rodrigo Pazinato)
O peixe, a menina de papel e as nuvens. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Artista contempla a obra. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Artista contempla a obra. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Em meio à correria para arrumação dos estandes, o peixe, a menina de papel e as nuvens já estavam posicionadas em seus devidos lugares: do lado esquerdo de um dos corredores do Pavilhão das Artes, na Praça da Liberdade, em Bonito. O peixe sobre as nuvens e a menina em cima dele.

“Permanece, fica, sente a linha do silêncio. Ouve o escuro, mergulha no absoluto. Nada, voa, corre e volta para ser novo agora inteiro, com a consciência do profundo mergulho”, diz o poema deixado ao lado da obra que, em um primeiro momento, parece mais um amontoado de papéis velhos.

Quem assina o texto é a paulistana Fernanda Rodrigues Aves Castanho, de 39 anos, uma das artistas plásticas convidadas para participar do 13º festival de inverno de Bonito, que começou nesta quarta-feira (25) e termina no domingo (29).

E ninguém melhor que a artista para “traduzir” a própria instalação: “É o respeito com o meio ambiente, com a natureza. É você entender as pessoas a partir desse sistema”

.

Fernanda Rodrigues trabalha há 14 anos como artista plástica. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Fernanda Rodrigues trabalha há 14 anos como artista plástica. (Foto: Rodrigo Pazinato)

A intenção é demonstrar as relações humanas com a natureza. “Ela está viajando em cima de um peixe, nas nuvens”, completa. Mas além dessa interação, o trabalho traz também, de forma abstrata, a importância da sustentabilidade.

Tudo isso em uma viagem imaginária, lúdica e informativa, que integra o ser humano - representando por aquela menina de papel, sem rosto ou sorriso - à natureza.

Somos nós, seres imperfeitos, alheios muitas vezes às nossas próprias atitudes. “Quando a pessoa mergulha na imaginação ela passa a descobrir o entorno”, garante a artista, que trabalha há 14 anos com reaproveitamento de materiais e geração de renda por meio da produção de objetos com artesãos do litoral paulista.

Intitulada "Empapelando", a instalação tem 2,5 por 1,0 metros e foi confeccionada com materiais reaproveitados, como papéis kraf, arroz e de jornais.

Nos siga no Google Notícias