Amor que começou aqui, na Copa do Mundo, foi para a França e agora sobe ao altar
No dia 4 de julho de 2014, o Brasil estava em festa. Apesar de Neymar sofrer uma lesão durante o jogo com a seleção colombiana, ganhamos naquele dia. Em meio a esse clima de esperança que antecedia o 7x1, Carolina e Richard fizeram uma verdadeira maratona por bares de Campo Grande até vencerem a vergonha e se entregarem a paixão. Juntos desde então, os dois sobem ao altar no dia 15 de outubro, em plena Sèvres, na França.
Richard é francês, veio para Campo Grande como parte do roteiro de Copa do Mundo que estava fazendo ao lado de um amigo. A hospedagem foi pelo sistema Couchsurfing, em casas de famílias e pessoas dispostas a receber viajantes. O hóspede em questão era amigo de Carol.
“Meu amigo Murilo foi buscar ele e o colega no aeroporto e tinha me pedido para ir junto, mas eu estava ocupada. Eles foram todos para um bar, o Barrica na época, e meu amigo insistiu para que eu fosse ajudá-lo porque ele era o único que falava inglês e como eu falava poderia ajudar”, explica.
Carol era professora de inglês em Campo Grande, fluente na língua. Mas, tímida, decidiu sentar bem longe de Richard. “Mas, uma hora o Murilo falou para eu mudar de lugar para conversar com ele e eu mudei. Mas só conversamos de boa. No dia seguinte, nos encontramos de novo em uma festa no shopping, que foi quando o Neymar se machucou, mas ganhamos”, relembra.
De lá, o grupo seguiu para o Baraúna e depois para o Barfly. Carol lembra que o noivo era cobiçado. “Nesse dia estávamos todos felizes e tinha umas meninas azarando ele e eu não estava a fim de ficar disputando. Pensei, que pena, mas deixei para lá. Mas, ele era super bonzinho comigo e parecíamos interessados”, conta.
Bem-humorada sempre, Carol tem um jeitinho meigo que encanta todo mundo. Avessa a exposição e tímida, ela só conseguiu se aproximar mais de Richard no fim da noite, do lado de fora do bar. “Eu não queria tentar nada porque estava com vergonha e ele era bem tímido também, até que começamos a filosofar e eu sei que eu perguntei sobre o futuro dele, tipo, o que você vai fazer então quando voltar para a França?”, diz.
A resposta mudou completamente o destino dos dois. “Não sei, só sei que agora eu queria muito te beijar”.
No fim, o amigo seguiu viagem para o Rio de Janeiro e Richard ficou o resto dos dias com Carol. “Decidimos então que namoraríamos e quando ele foi embora conversamos muito por Skype. Sempre sobre eu ir para a França. Como eu já queria ir embora para o exterior, estudar e trabalhar, decidi que iria. Pedi demissão do trabalho e ele votou para Campo Grande em novembro. Passamos o mês juntos, fomos para São Paulo, depois para o Rio de Janeiro e foi bem legal”, afirma.
Das viagens, Carol e Richard só tiveram certeza do que estava mais que firme no coração. Em janeiro de 2015 ela embarcou. “Primeira vez que eu viajei para tão longe, só tinha ido para alguns lugares na América do Sul”, ri.
O frio na barriga e o receio de não ser aceita pela família de Richard ficaram no aeroporto. “Eu fui tão bem recebida desde o começo. Impressionante como os pais dele são amorosos e prestativos, sempre me ajudando, amo muito eles”, se derrete.
Do sonho de encontrar um amor geek, fã de tecnologia e jogos, até a realidade de subir ao altar com ele, se passou pouco mais de dois anos. “Eu pensava, ele é tão fofo, pena que não vai durar né?”, brinca.
O casamento civil acontece agora, dia 15 de outubro, na prefeitura de Sèvres, na França, ao lado de amigos e familiares. No mesmo dia, a comemoração se estende para um ônibus balada e em novembro, no Brasil, selando com amor o caminho que a Copa do Mundo uniu.
