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Comportamento

Ciclista de 48 anos passa pela Capital para fortalecer sonho

Gabriel Neris e Mariana Lopes | 22/02/2013 21:16
Carlos Henrique Ribeiro, de 48 anos, está em Campo Grande pela terceira vez (Foto: Rodrigo Pazinato)
Carlos Henrique Ribeiro, de 48 anos, está em Campo Grande pela terceira vez (Foto: Rodrigo Pazinato)

Forrar o gramado do Maracanã com 4,3 mil bandeiras na Copa do Mundo ou nos Jogos Olímpicos. Este é o desejo de Carlos Henrique Ribeiro, de 48 anos, que está viajando o Brasil de bicicleta. Natural de Rincão (SP), Carlos está em Campo Grande pela terceira vez.

Já são nove anos rodando o país pedalando. Ele conta que viajava com o circo até chegar a Jardim, município localizado a 233 km da Capital. Lá, casou, teve filhos e decidiu se aventurar. A mudança foi radical.

Carlos subiu na comum bicicleta Monark, sem marchas, que utilizava para andar pela cidade. Hoje pedala numa bicicleta preparada, com marcha, rolamento, caixa central. No início não havia objetivo. Ele conta que parava nos postos de combustível, tinha que pedir comida, já que não tinha dinheiro. “Foi uma parte difícil na minha vida”.

Foram dois anos nesse ritmo. Até conhecer o dono de uma escola de língua estrangeira. O proprietário se interessou pela história de Carlos e ofereceu patrocínio para que ele continuasse sua peregrinação. “Depois desse patrocínio, fiquei até mais animado”, brinca.

Ribeiro pretende juntar 4,3 mil bandeiras para Copa do Mundo ou Olimpíadas (Foto: Rodrigo Pazinato)
Ribeiro pretende juntar 4,3 mil bandeiras para Copa do Mundo ou Olimpíadas (Foto: Rodrigo Pazinato)

Carlos traçou um plano. Pedala durante 40 dias e retorna para casa, em Rincão. São 15 dias perto da família. “O ser humano não é feito para viver sozinho”. Se estiver longe de casa no 40º dia de viagem, Carlos deixa a “magrela” e retorna de avião.

Ele relata uma situação curiosa que passou no Amapá. Eram muitos municípios sem hotel e muito matagal. Então o jeito foi armar a rede no alto de duas árvores. “Sentia medo, pressentindo que alguma coisa errada”. A mochila de Carlos estava meio aberta. Macacos encontraram maçã e banana, e brigavam pelas frutas. “Fiquei quietinho olhando com a lanterna com medo dos macacos me atacaram”, conta.

Quando acordou, se deparou com roupas espalhadas. Algumas peças foram levadas pelos animais. Ao chegar na cidade amapaense, encontrou um tiroteio.

Na bicicleta ficam duas bandeiras do Brasil e outra de Rincão. Para aumentar sua coleção de bandeiras, Carlos pedirá a de Campo Grande na Prefeitura. A lembrança que ele pretende estampar junto a outras flâmulas no gramado do Maracanã. Da Capital, Carlos se deslocará para Três Lagoas.

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