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Comportamento

Com clientes pra lá de complicados, nova profissão ensina a fazer sexo direito

Elverson Cardozo | 23/01/2013 08:00
Karina Brum importou a ideia de países como os Estados Unidos e Argentina. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Karina Brum importou a ideia de países como os Estados Unidos e Argentina. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Por enquanto, ela tem apenas quatro casais como clientes, mas o serviço é novo e nem todo mundo sabe. Personal sexy, Karina Brum, agora oferece treinamento sexual. Mas, calma, não há invasão de privacidade, nada de observação sobre o que ocorre em quatro paredes e muito menos participação em qualquer ato sexual. Aos desavisados ou “descolados”, como preferirem, é bom esclarecer: a proposta vai muito além da sacanagem.

Inspirada nas novidades de países como Estados Unidos e Argentina, onde os profissionais que trabalham no ramo passaram a observar clientes transando para descobrir erros e acertos na cama e sugerir mudanças na intenção de apimentar a relação, Karina trouxe o conceito para Campo Grande, mas aqui, diante da cultura mais “fechada”, dos tabus, teve de adaptar.

A novidade principal, a observação “in loco”, foi deixada de lado, mas o objetivo permanece. Karina não assiste os clientes durante a relação sexual, mas, para ajudar e trabalhar, lógico, precisa saber tudo o que acontece debaixo do edredom, na cama, no sofá, na sacada, no carro, em cima da pia da cozinha, enfim, aonde quer que seja.

Precisa descobrir quais são as dificuldades e as reclamações para, então, sugerir mudanças na hora H. Todos os clientes que chegaram até agora, relatou, foram indicados por psicólogos.

Um deles, por exemplo, tenta, há 1 ano, tirar a virgindade da esposa, mas tem medo de machucar a parceira. O outro não consegue chegar ao orgasmo porque cansa.

Karina Brum pede relatórios por e-mail para sugerir mudanças na relação. (Foto: Divulgação)
Karina Brum pede relatórios por e-mail para sugerir mudanças na relação. (Foto: Divulgação)

Para o primeiro, a sugestão foi “seguir em frente”, porque o negócio, em alguns casos, “dói mesmo”, mas não precisa forçar a barra. Ele pode investir primeiro na sedução, na provocação.

Para o segundo cliente, que tem cerca de 40 anos e uma esposa 8 anos mais nova, o “diagnóstico” veio rápido: sedentarismo. “Pedi para ele procurar um personal trainer. Sexo é a mesma coisa que exercício”, justificou, ao revelar que o homem está acima do peso.

Está aí o que ela julga ser um diferencial de mercado. Karina afirma que “joga a real” para quem a procura, ou a tática não funciona. “Às vezes o problema é psicológico. Esta na cabeça, na timidez. Alguns precisam do auxílio de uma profissional que vai ajudar no desempenho”, explicou.

As mulheres, acrescentou, são mais abertas. Procuram mais pelo serviço. Os homens são mais contidos, mas acabam cedendo. A procura de casais virgens, que pretendem ter a primeira relação, também tem aumentado. A maioria, geralmente os homens, não quer errar na hora do sexo.

O treinamento criado por Karina Brum inclui a triagem - onde vai ocorrer uma entrevista com o casal para identificar a situação e ver se o método é o ideal -, workshops com réplicas de órgãos sexuais e relatório por e-mail.

Como ela não observa as transas, quem relata o desempenho e possíveis dificuldades são os próprios clientes. Se perceber que ocorreu algum problema, eles são convocados para uma conversa.

O serviço é cobrado por hora, que varia de R$ 50,00 a R$ 100,00 (individual ou casal), mas o valor, dependendo do caso, pode ser alterado. Como está no início, a personal optou pelos relatórios e conversas, mas não dispensa a possibilidade de ampliar o “negócio”, para relações assistidas, mesmo que seja por vídeo.

Outras informações podem ser obtidas pelo celular (67) 9212-8009.

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