ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 24º

Comportamento

Com só 6 crianças apadrinhadas, Justiça faz curso para novos padrinhos

Paula Maciulevicius | 10/05/2017 06:30
O padrinho é alguém que abre o coração e a sua casa para um convívio familiar e comunitário, levando as crianças e adolescentes para passear e brincar. (Foto: Arquivo/Alcides Neto)
O padrinho é alguém que abre o coração e a sua casa para um convívio familiar e comunitário, levando as crianças e adolescentes para passear e brincar. (Foto: Arquivo/Alcides Neto)

De hoje até sexta-feira, a Justiça Estadual de Mato Grosso do Sul realiza o curso para preparar novos integrantes do Projeto Padrinho. Há 17 anos na Capital, o projeto proporciona, por meio de voluntários, a acolhida afetiva de crianças e adolescentes.

O curso começa às 19h, no plenário do Tribunal do Júri, no Fórum da Capital, e tem em cada dia uma programação diferente. Na primeira noite, serão abordados os aspectos do apadrinhamento, as motivações e as expectativas do casal ou da pessoa que deseja apadrinhar uma criança.

No segundo dia, os assuntos serão em torno dos aspectos psicológicos e cognitivos das crianças e adolescentes. E, por fim, será abordada a construção do vínculo: comunicação, limites e regras de convivência. Haverá também uma dinâmica surpresa que envolverá participantes do curso e as crianças e adolescentes que estão aptos a serem apadrinhados.

Crianças podem passar um tempinho dos finais de semana com os padrinhos, se divertindo. (Foto: Arquivo)
Crianças podem passar um tempinho dos finais de semana com os padrinhos, se divertindo. (Foto: Arquivo)

O curso é gratuito e aberto ao público em geral. Para quem deseja se tornar um padrinho, é necessário possuir mais de 18 anos. As inscrições podem ser feitas na hora.

Segundo o Projeto, este ano só seis crianças estão apadrinhadas. Pedagoga do núcleo, Andrea Espindola Alvarenga Cardoso, de 46 anos, explica que os efeitos do projeto são muito positivos. "As crianças que vão para o apadrinhamento são as que estão mais de dois anos acolhidas e às vezes aguardando adoção e tem nos padrinhos a oportunidade de conviver com uma família", conta. 

Assim como o curso de preparação à adoção, o de padrinhos também foi remodelado e agora é feito ao longo de três dias, com o intuito de aprofundar a reflexão sobre o papel dos padrinhos para crianças e adolescentes acolhidos, além de oferecer um treinamento multidisciplinar aos novos voluntários. 

Padrinho Afetivo – O apadrinhamento afetivo é uma proposta alternativa que se apoia no art. 4º do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). O padrinho é alguém que abre o coração e a sua casa para um convívio familiar e comunitário, levando as crianças e adolescentes para passear, brincar, dentre outras formas possíveis de contato que resultem numa relação direta e contribua para o desenvolvimento psicossocial, por meio da construção de laços afetivos e apoio educacional. O padrinho afetivo também pode prestar orientações com relação à saúde, à formação intelectual e à moral. 

Ao final do curso será emitido certificado. O acesso ao plenário do Tribunal do Júri se dá pela Rua da Paz, quase esquina com a 25 de dezembro, no portão ao lado da Estátua da Justiça. Informações pelos telefones: 3317-3512/ 3548/3551.

Curta o Lado B no Facebook.

Segundo o Projeto, este ano só seis crianças estão apadrinhadas. (Foto: Arquivo/Alcides Neto)
Segundo o Projeto, este ano só seis crianças estão apadrinhadas. (Foto: Arquivo/Alcides Neto)
Nos siga no Google Notícias