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Comportamento

Com “sol de estalar mamona”, criatividade para suportar o calor vem do desespero

Elverson Cardozo | 11/01/2014 07:23
Mãe preferiu investir na piscina tradicional para amenizar o calor das crianças. (Foto: Cleber Gellio)
Mãe preferiu investir na piscina tradicional para amenizar o calor das crianças. (Foto: Cleber Gellio)

O Lado B saiu às ruas em busca de gente que usa a criatividade para suportar o calor de Campo Grande, mas não encontrou ninguém, ou melhor, encontrou, mas o nome certo para os tais criativos seria, na verdade, desesperados. Como bons campo-grandenses, compreendemos as esquisitices e, por isso, compartilhamos as “invenções”. Acredite, tem gente que toma banho de roupa e não tira a peça molhada nem para dormir. Vai ver, funciona.

Quando o calor fica daquele jeito, insuportável, a maioria “normal”, que não possui aparelho de ar-condicionado em casa, enfia a cara na frente do ventilador, literalmente. O problema é que, às vezes, o vento que sai do aparelho parece vir de um forno, daí, só banho resolve, por poucos minutos, é claro.

Karoline Nascimento Silveira, de 19 anos, e o esposo, Vitor de Oliveira Ribeiro, de 20, até tentam se refrescar do modo tradicional, com ajuda as hélices e da água gelada, mas quando os números do termômetro não param de subir os dois não pensam duas vezes para tirar a roupa.

Fonte da praça Ary Coelho foi o local escolhido por Karoline e Vitor para descansar no meio da semana. (Foto: Elverson Cardozo)
Fonte da praça Ary Coelho foi o local escolhido por Karoline e Vitor para descansar no meio da semana. (Foto: Elverson Cardozo)

Em casa, em dias quentes, ela fica, geralmente, de biquíni, enquanto ele anda de cueca. Houve situações, no entanto, que o desesperado falou mais alto. “Eu já molhei toalha e dormi com ela em cima da minha cabeça”, revelou o rapaz. “Refresca”, garante.

A esposa confirma a solução encontrada pelo marido, mas diz que prefere as soluções tradicionais, como os banhos de mangueira. O “método” é bem comum, se comparado à “invenção” da estudante Rayssa Laura Santos Vieira, de 11 anos.

A menina toma banho de roupa e nem tira as peças para dormir. A cama fica encharcada. “O colchão seca rapidinho”, comentou. A mãe, a auxiliar de serviços gerais Karen Santos Rocha, de 30 anos, conta que a filha faz isso há tem algum tempo e nunca ficou nem gripada. “Sou ruim de ficar doente”, disse a garota.

Em dias de calor, Karen entra na piscina com a filha. Já a garota prefere dormir com  a roupa molhada. (Foto: Elverson Cardozo)
Em dias de calor, Karen entra na piscina com a filha. Já a garota prefere dormir com a roupa molhada. (Foto: Elverson Cardozo)

Quando o calor está forte, mas suportável, Rayssa molha uma toalha, estende no chão e passa horas deitada. Às vezes vai para a piscina de plástico, de 1 mil litros, junto com a mãe e as duas irmãs.

O espaço é pequeno, não cabe todas de uma vez, mas todo mundo se ajuda ou ninguém se refresca. “Sai duas e entra duas. Se molhando está bom”, brincou a mulher.

Alternativa – A onda de calor, em Campo Grande, também atingiu outras cidades do país e os brasileiros, criativos, se lembraram do “jeitinho” e entraram em ação.

Em São Paulo, onde a temperatura superou os 35ºC na semana passada, um morador fez um ar-condicionado caseiro. Foi parar no Fantástico. Mas a invenção do técnico de telefonia Leandro Henrique de Moraes é antiga.

Na internet o que não faltam são tutorias ensinando os interessados os segredos para confecção do aparelho.

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