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Comportamento

Coruja não traz mau agouro e Tupi precisa de ajuda para voltar para casa

Ave precisa de treinos de voos diários e alimentação especial; tutor oferece recompensa para quem achá-la

Danielle Valentim | 28/04/2019 13:19
Tupi em casa, no Bairro Coophafé. (Foto: Reprodução)
Tupi em casa, no Bairro Coophafé. (Foto: Reprodução)

A corujinha Tupi, da espécie Tyto alba, escapou de seu viveiro no Bairro Coophafé, na última sexta-feira (26), e até agora não foi localizada. Uma vizinha chegou a vê-la por volta das 21h, mas correu com medo da ave. O veterinário Lucas Azuaga, tutor de Tupi, esclarece que corujas não trazem mau agouro e que sua ave é muito mansa, a ponto de pedir carinho.

Lucas usou a rede social para alertar sobre o sumido e explicar peculiaridades da Tupi. O veterinário teme que alguém a prenda em uma gaiola.

“É um animal de hábito noturno, durante o dia ela vai encontrar um lugar pra dormir, provavelmente uma árvore, e no comecinho da noite ela começar a se movimentar e vocalizar, a vocalização dela é alta o que pode assustar quem não estiver acostumado. Meu medo é ela descer na casa de alguém que não queira devolver e prenda o animal em uma gaiola (sic)”, pontua.

O veterinário frisa que Tupi é um animal legalizado, tem uma anilha de marcação e precisa de cuidados restritos. “Ela necessita fazer treinamentos de vôo diários pra gastar energia e principalmente de uma alimentação adequada (estritamente carnivora)”, finalizou.

Tupi já foi personagem no Lado B. Ave nasceu no Paraná, em um criadouro 100% legalizado, tem todos os documentos de autorização do Ibama e mora com o veterinário em Campo Grande.

Ela foi comprada aos 3 meses, justamente, pela profissão do tutor. Professor na Uniderp, ele desenvolve um projeto chamado Gepeas (Grupo de Estudo e Pesquisa de Animais Silvestres) e, junto dela, alerta estudantes e escolas públicas sobre o tráfico de animais, preservação do meio ambiente  e educação ambiental.

Obter um animal silvestre, além de pesar no bolso exige uma série de cuidados especiais. Tupi, tem rotina para gastar energia e treinamentos diários para que no futuro fique solta na casa. Uma extensa cordinha não deixa Tupi sair de casa mas, ao mesmo tempo, dá acesso pra que ela vá a todos os cômodos, com total segurança.

A coruja também aprende os momentos de comer, sabe quando Lucas está lhe chamando. Em cada ambiente um puleiro foi instalado. É nestes cantinhos que ela gosta de dormir e é onde também faz as necessidades fisiológicas.

Se você vir a Tupi entre em contato pelo 67 99211-7010 e fale diretamente com Lucas, que está oferece recompensa.

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Lucas e Tupi criaram uma relação próxima e o ''pai humano'' da coruja sabe identificar o comportamento da ave. (Foto: Paulo Francis)
Lucas e Tupi criaram uma relação próxima e o ''pai humano'' da coruja sabe identificar o comportamento da ave. (Foto: Paulo Francis)
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