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Comportamento

Curso em Campo Grande educa vovós para lidar com mães independentes

Thailla Torres | 22/07/2017 07:10
Curso foi idealizado especialmente para a vovós que precisam lidar com este novo universo entre mãe e bebê.(Foto: Arquivo Pessoal)
Curso foi idealizado especialmente para a vovós que precisam lidar com este novo universo entre mãe e bebê.(Foto: Arquivo Pessoal)

Que as avós são exemplos de pessoas únicas e inesquecíveis, ninguém tem dúvida. Mas com tanta informação, até mãe de primeira viagem abre mão de conselhos antigos para cuidar do filho com independência. Pensando nessa relação, um curso em Campo Grande foi idealizado especialmente para a vovós que precisam lidar com este novo universo entre mãe e bebê.

Para que cada etapa seja construída com respeito e amor, o curso é baseado em uma roda de conversa com doulas e enfermeiras para uma troca de experiência. A proposta surgiu a partir das mães que frequentam o espaço Laço Materno na cidade.

"A participação da avó é um momento importante nesse processo da maternidade, no entanto, as próprias mães sugeriram dicas para que elas consigam lidar com esse novo mundo. Sempre que há um curso, alguém menciona a mãe ou a sogra, dizendo que elas querem fazer coisas da maneira como aprenderam antigamente, mas sabemos que as coisas não funcionam mais de forma", esclarece Carla Rodrigues, que é doula e sócia, e realizou o curso ao lado das profissionais Carla Camargo e Érika Barbosa.

Curso teve roda de conversa e orientação sobre os cuidados com o recém-nascido.
Curso teve roda de conversa e orientação sobre os cuidados com o recém-nascido.

E quais são os medos? Que práticas muito conhecidas em outras gerações possam prejudicar a vida do bebê. Nesse caso, o curso orienta sobre todos os cuidados com o recém-nascido e até primeiros socorros para que nem mãe e nem vovó fique, sem saber o que fazer.

"Antigamente existiam muitas práticas que não tinham nenhum embasamento científico. Hoje estamos em um momento diferente e os costumes podem ser prejudiciais a vida da criança como, por exemplo, uma infecção".

Um dos principais desafios é quebrar mitos e atualizar as avós. "Muita gente falava que colocar uma moeda na barriga do bebê ajuda, mas isso também é perigoso, porque o objeto não pode estar em contato com a criança. A gente alerta para os riscos de medicação com chás naturais, principalmente, antes dos 6 meses, período que é importante ressaltar somente a amamentação como alimento".

Contra a corrente das  cesáreas desnecessárias, o local que orienta as mães sobre o parto natural, também destaca sobre o banho nas primeiras 24 horas. "O bebê pode nascer com uma pasta ao redor do corpo chamada de vérnix, e geralmente as mães e as avós querem dar um banho melhor, mas é muito importante que a criança continue com esse aspecto nas primeiras horas de vida, que traz benefícios à pele do bebê",

A relação entre avó e nora também entrou na discussão para que seja conquistado um clima afeto. "Existe às vezes um sentimento negativo em relação a nora, quando a avó diz que elas não deixam fazer nada. E por isso mostramos que é possível construir um clima de amor, entendendo que as mães tem seu seu espaço e precisam desse momento com o bebê". 

Primeira viagem - Aos 60 anos, Zirleide Barbosa será avó pela primeira vez, e sabe bem que a criação do neto não será da mesma maneira como foi com a filha, por isso decidiu participar do curso para compreender as mudanças. "Vivemos em um tempo de novos arranjos familiares. A experiência foi bacana e divertida. Isso também trouxe uma contibuição para relações de mais afeto e eu creio que isso trouxe mais segurança para minha família", finaliza.

Quem quiser participar da próxima edição, o curso será divulgado no Facebook e o investimento custa R$ 50,00.

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