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Comportamento

Débora e Eizo se conheceram no Orkut, há 12 anos, e decidiram se casar com sushi

O casal, descendente de japoneses, queria uma cerimônia íntima, para poucos convidados, em lugar aconchegante

Eduardo Fregatto | 14/07/2017 08:16
Eizo e Débora se casaram num restaurante de sushi no final de abril deste ano. (Foto: Renan Kubota)
Eizo e Débora se casaram num restaurante de sushi no final de abril deste ano. (Foto: Renan Kubota)

Há 12 anos, Eizo Yabusame Matsumoto, de 28 anos, e Débora Emi Arakaki Matsumoto, 26, se adicionavam como amigos na rede social mais popular daquela época, o saudoso Orkut. Eles eram adolescentes, estudantes do Colégio Dom Bosco, e depois de trocarem alguns "scraps", se conheceram pessoalmente e logo se aproximaram.

O namoro deu tão certo que resistiu até à distância. Depois de formados, Eizo, que é engenheiro elétrico, foi trabalhar em outro Estado, ficou fora por 4 anos, mas os dois continuaram juntos. "Foi bem difícil, mas hoje eu vejo como um grande aprendizado. Fortaleceu nosso relacionamento", avalia Débora, que atualmente trabalha como administradora. "Você vive o amor de todas as formas. Aprende a entender o significado do relacionamento, que é muito mais que a presença física", diz.

Logo que Eizo voltou para Campo Grande, eles noivaram e, em abril deste ano, o casal finalmente oficializou a união. "Demorou mesmo, mas a gente nunca teve cobrança do tempo. Eu nem vi os 12 anos passarem", avalia Débora. 

O cardápio do almoço foi selecionado a partir das opções servidas pelo restaurante. Os doces e bolo vieram à parte. (Foto: Renan Kubota)
O cardápio do almoço foi selecionado a partir das opções servidas pelo restaurante. Os doces e bolo vieram à parte. (Foto: Renan Kubota)
O casal com os padrinhos, na frente do Hot n' Rolls. (Foto: Renan Kubota)
O casal com os padrinhos, na frente do Hot n' Rolls. (Foto: Renan Kubota)

Os dois se descrevem como pessoas discretas, não gostam de holofotes ou muita badalação. Por isso, optaram por um cerimônia no estilo "mini-wedding", para poucos convidados e em um lugar menor, mais aconchegante. O estilo é uma tendência no mundo inteiro, mas segundo os recém-casados, ainda é difícil encontrar referências em Campo Grande.

"A gente não queria gastar tanto com uma festa, queríamos fazer uma coisa menor e que tivesse a nossa cara. Pesquisando, a gente não acha muita coisa sobre esse estilo de cerimônia em Campo Grande. É um mercado ainda não muito explorado", opina.

Descendentes de japoneses, tiveram a ideia de casar num restaurantes de sushi, comida típica do País oriental. O local escolhido foi o Hot n' Rolls Sushi Fusion, na Avenida Afonso Pena, que nunca tinha sido sede de um casamento antes. "É um restaurante bonito, com localização muito boa, a gente conhecia o espaço e a comida. No primeiro contato com a proprietária, a Ana Paula, ficamos encantados. Ela gostou muito da ideia", comenta.

Uma grande variedade de sushis foi servida. (Foto: Renan Kubota)
Uma grande variedade de sushis foi servida. (Foto: Renan Kubota)
Além de algumas opções fritas, como sushis e tilápia. (Foto: Renan Kubota)
Além de algumas opções fritas, como sushis e tilápia. (Foto: Renan Kubota)

O casamento foi dia 30 de abril, às 11h30, para 68 convidados. Antes do almoço, houve uma pequena cerimônia com um Juiz de paz. Débora e Eizo acreditam em Deus, mas não seguem nenhuma religião. "Pedimos para ele falar de coisas importantes na nossa vida: Deus, amor, nossas famílias", diz Débora. "Foi tudo muito íntimo, mas como todo casamento: com padrinhos, damas de honra, a música foi um saxofone", conta.

No cardápio, estavam as comidas japonesas servidas pelo restaurante, com opções para agradar também aqueles que não tão fãs de sushi ou peixe cru. "A gente tentou agradar todo mundo. Pra quem não gosta tanto da comida, tinha algumas coisas fritas, tilápia, sushis fritos", explica Eizo. Os tradicionais doces e bolo de casamento também fizeram parte da festa, mas vieram à parte.

Decoração foi feita com dobraduras de papel, criados pela própria noiva. (Foto: Renan Kubota)
Decoração foi feita com dobraduras de papel, criados pela própria noiva. (Foto: Renan Kubota)

Na decoração, Débora relata que quis colocar a mão na massa. Por isso, a ideia de fazer dobraduras de papel, os origamis, para decorar o ambiente. Para criar algumas formas diferentes, ela buscou tutoriais na internet. "Queria que tivesse a nossa cara. Até o buquê foi todo feito em papel. A decoradora, Priscila Ribas, embarcou na nossa loucura, fez tudo virar realidade", aponta.

Débora relata que nunca foi uma dessas mulheres que sonhavam a vida toda com o dia do casamento, mas a experiência se revelou tão emocionante que a palavra "casamento" ganhou um novo significado em sua vida. "Ao longo do tempo da preparação, eu comecei a me envolver. Foi tudo muito emocionante, com o nosso jeito, e só posso agradecer também a todos os fornecedores que nos ajudaram a tornar tudo possível. Espero que nossa história inspire outros casais que queiram fazer uma cerimônia diferente, não tão convencional", finaliza.

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As flores feitas de papel. (Foto: Renan Kubota)
As flores feitas de papel. (Foto: Renan Kubota)
Planta decorada com os origamis. (Foto: Renan Kubota)
Planta decorada com os origamis. (Foto: Renan Kubota)
Eizo e Débora queriam uma cerimônia única e íntima e ficaram felizes com o resultado. (Foto: Renan Kubota)
Eizo e Débora queriam uma cerimônia única e íntima e ficaram felizes com o resultado. (Foto: Renan Kubota)
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