Isabella faz marido reborn e percorre 2 mil km com ele na garupa
Atitude drástica foi tomada pelo marido não poder participar de um passeio específico para casais
Louca por motos, Isabella Matheus Jonsson, de 30 anos, não deixou barato quando o grupo de motos que ela participa fez um passeio específico para casais. Apesar de ter um marido, a motociclista precisou tomar medidas drásticas quando ele não podia comparecer à aventura. Para participar ela teve a ideia de fazer um um marido reborn e percorreu 2 mil quilômetros com o boneco na garupa.
O destino da viagem era a cidade de Pomerode, em Santa Catarina. A cena foi tão inusitada que cenas dela uno trânsito chegaram a um jornal catarinense, que postou as imagens. Não demorou muito para que o passeio com o reborn gigante viralizase. Ao Lado B ela conta que não esperava tanta repercussão.
“Era um passeio de dia dos namorados e meu marido não podia ir e eu queria muito, aí falei então eu vou do mesmo jeito eu vou fazer o marido reborn para mim e fiz. Só que assim não foi para levar a sério, foi para dar risada mesmo foi uma brincadeira que eu fiz. O pessoal parava para tirar foto nos postos, nos lugares, eles achavam graça porque viram que era só uma brincadeira. Meu Deus do céu nunca imaginei isso”.

A estudante de terapia ocupacional saiu de Mundo, a 463 quilômetros de Campo Grande, rumo a Santa Catarina. Depois de lá foi para o Paraná com o marido reborn. Isabella conta que normalmente o Marido de verdade acompanha ela em algumas viagens e que já percorreram mais de 75 quilômetros juntos.
"Ele é o meu garupa, eu que influenciei ele a andar de moto, ele morria de medo. Eu estava com depressão na ápoca e meu pai pediu para o meu marido comprar uma moto pra mim. Ele fez de surpresa, montou na moto comigo no mesmo dia e percorreu 400 km. Foi a primeira viagem dele como garupeiro. Ele não pilota, mas tem carteira. Ele me ajudou com o boneco e falou que iria representar ele".
Isabella explica que tem TEA (Transtorno do Espectro Autista) e que tem hiperfoco em pilotar. Desde a infância ela vive no meio junto com o pai.
“Meu negócio é esse, viajar. Então por isso que eu tive ideia de criar o boneco reborn, eu ia nessa viagem nem se fosse com com ele. Eu participo do grupo desde 2021, mas esse grupo já existia faz tempo. É um grupo de amigos do meu pai, que eu vejo desde a infância. O motociclismo veio de geração em geração. Meu pai tem uma loja de moto e sempre mexeu com isso”.
Trabalhando em casa ajudando o pai no ramo de vendas enquanto termina os estudos, ela sonha em dar palestras sobre o autismo e ajudar adultos no dia a dia com o espectro.
"Quis fazer justamente porque eu senti falta de terapeuta ocupacional, quem atende adultos autistas. Porque todo mundo imagina só crianças autistas e não imagino que essas crianças crescem. E aí fica um monte de profissional só tratando crianças e esquece dos adultos".
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