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Comportamento

Manias de diarista vão de levar panos de "estimação" a fazer próprio detergente

Elverson Cardozo | 06/04/2014 09:18
Ivone em mais uma faxina. (Foto: Marcelo Victor)
Ivone em mais uma faxina. (Foto: Marcelo Victor)

Ivone Alves da Silva, 48 anos, é uma diarista daquelas que todo mundo queria ter em casa. Possui boas referências, é dedicada, responsável e tão cuidadosa que carrega o próprio kit de limpeza e o material inclui até um detergente caseiro, feito por ela mesma, e é transportado de casa em casa, no próprio carro, um Pálio 96.

“Eu resolvi fazer isso porque, às vezes, chegava e o pano não absorvia tanto, o rodo não puxava a água direito, a vassoura não varria, o produto não tirava a sujeira... Isso dificultava e como eu precisava terminar logo e fazer bem feito, comecei a levar de casa”, contou, falando do “método” que, hoje, é o seu maior diferencial.

Mas as “manias”, que agrada muita gente, diga-se de passagem, não param por aí. Se for contratada para passar roupas, Ivone leva outra “maleta”, com linhas, agulhas e cabides. “Aproveito e já faço pequenos reparos”, contou.

Natural de Santos (SP), a mulher mora em Campo Grande desde 1985. Trabalhou por muito tempo como governanta de famílias conhecidas na cidade, mas quando o marido morreu, há 4 anos, precisou se dedicar mais à própria casa. Deixou o emprego e, agora, atende as “patroas” com horário marcado.

Cobra mais caro pela faxina (R$ 80,00 por meio período), mas gasta o próprio material e garante que cumpre com o combinado. A prova são os serviços que ela consegue. Por semana, a diarista trabalha em, pelo menos, 10 residências.

Diarista faz o próprio detergente. (Foto: Marcelo Victor)
Diarista faz o próprio detergente. (Foto: Marcelo Victor)

Só em um condomínio do bairro São Francisco tem 5 clientes fiéis. A pastora Jaqueline Silva Bueno, 34 anos, é uma delas. Há um ano deixa o apartamento aos cuidados de Inove. “Ela faz as coisas do jeito que eu gosto e o kit que ela carrega é um diferencial porque nem sempre a gente tem tudo”, disse.

O reconhecimento maior, no entanto, vem da dedicação e profissionalismo. “O resultado agrada, mas o melhor é que ela gosta do que faz. Essa é a grande diferença”, pontuou.

A estudante Marianne Zeferino Pimenta dos Reis, 19 anos, outra "patroa", só tece elogios: "Ela trabalha muito bem, não falta, cumpre os horários e, às vezes, quando nem é dia, ela vai, faz as coisas e não cobra taxa extra. Limpa muito bem, é organizada, honesta é de total confiança".

“Eu cuido como se fosse minha casa. Tenho uma marcenaria e as pessoas me perguntam se eu preciso mesmo trabalhar com diária, mas eu gosto e me realizo”, afirmou Ivone.

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