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Comportamento

Marido fez bariátrica e para não emagrecer só, mulher foi para nutricionista

Paula Maciulevicius | 03/10/2016 06:19
Em dois meses e meio, ele, pela bariátrica, eliminou 30 quilos, enquanto ela, 15. (Foto: Alcides Neto)
Em dois meses e meio, ele, pela bariátrica, eliminou 30 quilos, enquanto ela, 15. (Foto: Alcides Neto)

"Unidos pela comida", é assim que se define o casal Clayton e Karen. De casados, os dois já têm nove anos juntos e viram a vida mudar, na balança, no espelho e na mesa, depois do dia 12 de julho. Em dois meses e meio, os reflexos da perda de peso em casa são grandes: ele, pela bariátrica, eliminou 40 quilos, enquanto ela, que seguiu a reeducação alimentar, já viu irem embora 15 quilos.

O interessante foi o método que cada um adotou e os pormenores que essa decisão trouxe consigo. Clayton passou um mês só no líquido e Karen teve de aprender a intercalar as principais refeições com lanchinhos e comer a cada três horas.

Os dois não vinham se preparando para a mudança de vida não, foi algo repentino, depois que Clayton viu os resultados num amigo.  "Em 2011 eu tinha feito exames e tudo, mas desisti, não estava preparado. Quando eu vi que esse meu amigo fez a cirurgia, quer saber? Vou tentar", conta o farmacêutico Clayton Godoy, de 38 anos.

"Ele vai ficar magro e eu não? Como assim? Marquei consulta com endócrino e nutricionista", conta brincando. (Foto: Alcides Neto)
"Ele vai ficar magro e eu não? Como assim? Marquei consulta com endócrino e nutricionista", conta brincando. (Foto: Alcides Neto)

Na balança, Clayton conta que nunca se viu assim, com 168 quilos. "Cheguei num limite que fiquei assustado, meu Deus do céu, eu estava indo para os 200 quilos. Criei coragem e fiz", completa. Mas antes de entrar na faca, leu muito a respeito da cirurgia.

A esposa, professora Karen Deduch Godoy, de 33 anos, entrou na onda. "Ele vai ficar magro e eu não? Como assim? Marquei consulta com endócrino e nutricionista", conta brincando.

Karen seguiu a reeducação para perder os 30 quilos desejados. Destes, metade já se foram e ela está com 75. Com a atenção focada na alimentação e exames, a professora descobriu também que tinha intolerância à lactose, o que mudou e muito a alimentação. 

"No dia que internei ele, já cortei doce e refrigerante", recorda. O "start" foi dado ali. Marido na faca e ela cortando tudo o que não era saudável. 

Nas primeiras semanas, Clayton admite que até se arrependeu. Com pós operatório complicado, voltar atrás já não tinha como. "Agora, graças a Deus não sinto mais nada". Dos 168 quilos, ele já perdeu 40.

"E eu nunca tive esse peso, quando a gente começou a namorar, eu não tinha nem 60 quilos", lembra Karen. Mas foi a vida de casados que os fizeram mudar e muito a saúde. "Unidos na comida", brinca o casal.

Um dos "antes e depois" que o casal está registrando. (Foto: Arquivo Pessoal)
Um dos "antes e depois" que o casal está registrando. (Foto: Arquivo Pessoal)

Agora a rotina dele é uma: 150g de comida no prato, resumidos entre proteína, carboidrato e legumes. Ela: refeição a cada 3h. Fora a alimentação, a mudança de comportamento entre eles já é gritante. Um exemplo são as compras de mercado. Antes, o vale ia todo num único dia com "porcarias", refrigerante, doces e carne gorda. Agora, as compras são mais de produtos de limpeza.

"O arroz que iam dois pacotes num mês, agora dura dois meses. O feijão também", compara o casal. Por mais que Karen ainda esteja tomando medicação junto com a reeducação, o tempo já lhe mostrou que o que manda é a força de vontade e o foco. "Tem que ter controle".

Clayton ainda não tinha diabetes e nem pressão alta. O quadro de saúde estava só complicando para a apneia, mas agora até dormir já é coisa fácil. 

Nas fotos, o casal parece que está voltando no tempo e parecendo bem mais novo. "É uma coisa positiva isso, dá vontade de perder mais, me sinto feliz", resume o farmacêutico. 

Karen já comemora com o vestido que usa no dia da entrevista. "Não usava ele desde a gravidez". "É gratificante e as pessoas falam que até minhas covinhas estão aparecendo", brinca.

E para ele, a cirurgia ensinou duas coisas: "hoje consigo enxergar que não precisava comer tudo isso para me saciar e que se eu tivesse controlado antes, não precisava chegar a tanto", observa.

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