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Comportamento

Na véspera do dia 21, complete a frase: Quero que o mundo acabe em...

Anny Malagolini e Helton Verão | 20/12/2012 08:10
Taxista Ademilson prevê fogo.
Taxista Ademilson prevê fogo.

Não tem o povo que diz: "Quero que o mundo acabe em barranco para eu morrer encostado". Pois o desafio da véspera de fim de mundo é modificar a frase.

Mesmo achando só conversa fiada, nas ruas de Campo Grande, a maioria das pessoas aceita a brincadeira, algumas mais na esportiva, outros mais sérios.

Lucia Duarte, 59 anos, leva na brincadeira a tal conversa e sentencia: o mundo vai acabar em churrasquinho. “Já acabou em água, agora vamos virar churrasco, de preferência picanha” brinca.

Tem quem imagine até o cenário. “Se fosse pra acabar, preferia que acabasse em água, porque representa tranquilidade e paz. Gostaria de estar em uma ilha deserta, rezando, bem calmo”, brinca o missionário Jefferson Aguilera, 27 anos.

Do jeito que o aquecimento global anda, o taxista Ademilson da Silva, de 36 anos, não entra muito no espírito da pergunta e prevê fogo no final dos tempos, se é que isso vai acontecer um dia.

Quando o colega Leandro Oliveira chega ao ponto, a conversa frase termina em "cachaça”. O outro taxista, Jair José de Araujo, completa, que seja em festa. “E de preferência regada a muita bebida”.

Diferente dos picolés que vende, o ambulante João Soares de Souza, aos 72 anos, já ouviu tantas vezes esse "blábláblá" que nem quer pensar na possibilidade. “Desde que eu nasci existe essa história, cada década inventam uma data”.

O assunto de fim do mundo é algo sério para as irmãs Barbara Medina, 28 anos, e Raiana Medina, 21. Tão sério que dispensam hipóteses. Evangélicas, as irmãs seguem a bíblia e para elas o que vale é o que está escrito ali. “Lá não tem data, então não vai acabar”, reclama Barbara.

A técnica em segurança do trabalho, Aurimar da Silva Lima, também resolve falar sério, mas sem tocar em profecias. “O mundo acaba todo dia, mas em violência", filosofa.

Nas ruas de Campo Grande, a maioria aceita a brincadeira.
Nas ruas de Campo Grande, a maioria aceita a brincadeira.
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