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Comportamento

Nas férias, pais cumprem seu papel também levando filhos para o trabalho

Danielle Valentim | 11/07/2019 08:23
Arthur e o pai na academia onde ele trabalha. (Foto: Arquivo Pessoal)
Arthur e o pai na academia onde ele trabalha. (Foto: Arquivo Pessoal)

Nas férias, os homens mostram que fazem parte do time de novos pais em ação. Também resolveram "se virar" e dividem com as mães a tarefa de manter os filhos por perto, mesmo durante o trabalho. Há um mês do dia do pais, o Lado B embarcou em mais um tema envolvendo a "paternagem".

Professor de Muay Thay há 13 anos, Gilmar Rufino da Silva, de 35 anos, conhecido como Puff entre os atletas da modalidade, viu a vida se transformar da água para o vinho após o nascimento de Arthur.

Com os horários de saída da escolinha e início das aulas de luta quase que ao mesmo tempo, Gilmar precisou se adaptar, para apoiar a esposa que também trabalha fora. Arthur tem dois anos e é o mascote da turma. O pai quer formar um novo atleta, mas garante que não irá forçar.

“Ele gosta muito de acompanhar as aulas, gosta do ambiente, das pessoas, já dá uns chutes e socos. Até me imita dando aula (risos). Eu como pai e atleta de Muay Thai gostaria, mas não vou forçar ele a nada. Pela mãe ele não luta, mas é inevitável, vindo de berço é capaz de ele querer sim”, pontua o pai.

Para Gilmar, o apoio do pai é obrigatório. “Somos pais, a família é composta dos dois, pai e mãe, acredito que os dois devam contribuir para a educação e criação dos filhos”, frisou.

Arthur se diverte durante as aulas de Muay Thai.
Arthur se diverte durante as aulas de Muay Thai.
O marceneiro Glauber Venício, de 37 anos, vira e mexe leva Davi de 7 anos para acompanhá-lo.
O marceneiro Glauber Venício, de 37 anos, vira e mexe leva Davi de 7 anos para acompanhá-lo.

O marceneiro Glauber Venício, de 37 anos, "vira e mexe" leva Davi de 7 anos para acompanhá-lo em alguns serviços. “Eu sempre prefiro levar junto. Ele também gosta e fala que quer ajudar e eu acabo levando. Às vezes não tem ninguém para cuidar e eu levo também”, explica Glauber.

Davi é filho do primeiro casamento de Glauber e sempre passa as férias ou fins de semana com o pai. “Minha atual esposa é auxiliar em creche e não pode levá-los junto. Como sou autônomo fica mais fácil".

Independente da ocupação da esposa, ele garante que dividiria as tarefas mesmo que ela tivesse disponibilidade para cuidar do menino. "Os pais devem fazer um esforço para cuidar dos filhos também”, pontua Glauber.

Para a atendente de telemarketing Daniela Pereira Lino, de 24 anos, essa história de pai moderno começou há muito tempo. A lembrança da parceria masculina vem da infância, em um tempo que nem se fala de "macho desconstruído".

Ela era a criança levada pelo pai, a todos os lugares. E se divertia, apesar das dificuldades enfrentadas pelos dois.

Daniela e o pai atualmente. (Foto: Arquivo Pessoal)
Daniela e o pai atualmente. (Foto: Arquivo Pessoal)

"Eu lembro que ele me colocava no cano da bicicleta e me levava para as obras cedinho, às vezes era longe e cansativo chegávamos ele me deixava brincar na areia enquanto preparava massa ou até me pedia para ajudá-lo quando tinha que medir algo eu achava o máximo ver ele mexendo naquela massa subindo em telhado", conta Daniela.

Daniela lembra que o pai Maurílio Lino virou seu melhor amigo e o vínculo nunca se desfez. "Meu pai sempre foi mais presente porque ele era autônomo (pedreiro) e minha mãe era faxineira registrada então nunca sobrava tempo e quando sobrava ela levava meu irmão em psiquiatra, meu pai virou meu melhor amigo nos éramos super grudados, criamos um vínculo grande, até depois de grande esse vínculo não acabou. Meus filhos são tudo para ele", finaliza.

Você também tem uma história com seu pai para contar? Então mande para a agente nas redes sociais do Lado B, no Facebook ou Instagram

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