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Comportamento

No hospital desde que nasceu, vida de Théo hoje depende de 40 mil reais

Thailla Torres | 30/08/2017 06:10
Theodoro, aos 4 meses de vida, no hospital. (Foto: Arquivo Pessoal)
Theodoro, aos 4 meses de vida, no hospital. (Foto: Arquivo Pessoal)

"É o olhar dele que me faz seguir em frente todos os dias, pensar que tudo dará certo". A frase é de Lanubia Vidal Rodrigues, de 29 anos, que tem a voz interrompida pelo choro ao narrar a luta para conseguir ver o filho levando uma vida saudável fora do hospital.

Em maio deste ano, a auxiliar de escritório saiu de Aparecida do Taboado, e percorreu 456 quilômetros até Campo Grande, depois de ver filho Theodoro Vidal Borges passar mal a noite toda. Antes de ter o filho na Santa Casa, ela passou por outros médicos e diagnosticou que os movimentos de Théo não eram normais para uma criança com poucos dias de nascida.

O sorriso que faz Lanubia seguir em frente todo dia.
O sorriso que faz Lanubia seguir em frente todo dia.

"Ele veio de uma gestação normal. Mas com 20 dias de vida eu percebi que ele era muito molinho", conta. Desde então, o menino não saiu mais do hospital. Théo foi diagnosticado com AME (Atrofia Medular Espinhal), uma doença que causa fraqueza muscular grave e deixa a criança sem os movimentos.

Desde então, o bebê sobrevive com ajuda de aparelhos. "Ele ficou 21 dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas depois não conseguiu respirar sozinho. Continua no hospital depois de ter feito uma traqueostomia, mas precisa de ajuda para respirar em casa", conta a mãe.

Em dois meses, Theodoro sorri toda vez que ouve a voz da mãe que deixou o marido e outro filho de 4 anos em Aparecida do Taboado para continuar cuidando dele por aqui. Mas Lanubia luta 24 horas por dia a espera de uma resposta positiva que faça o bebê crescer longe do hospital.

Mas o tempo de internação vem deixando a vida de Theodoro por um fio. A doença reduz a imunidade e ele está suscetível a diversas infecções que colocam sua vida em risco. Mas para deixar o hospital, o bebê precisa de um Bipap Trilogy 100 Philips que vai ajudar Theodoro a respirar melhor dentro de casa. No entanto, a mãe torce para conseguir dinheiro e comprar o aparelho que custa R$ 40 mil.

Outro dilema tem sido o medicamento que também custa caro. O bebê precisa continuar o tratamento com Spinraza, indicado na atrofia muscular espinhal, tanto em adultos como em criança, mas o preço é o que vem assustando a família. "Fora do Brasil ele chega a custar 3 milhões de reais. Então além do aparelho, vamos precisar dar conta de custear todo o restante do tratamento dele", diz.

A mãe diz que vai buscar ajuda com o governo para tentar conseguir que o Estado custeie o tratamento Theodoro, uma vez que está cada vez mais difícil tirar o filho do hospital. "Aqui também corro contra o tempo, porque ele não pode pegar uma infecção", argumenta a mãe.

Mas enquanto vê os dias pela janela da Santa Casa, Lanubia não perde a esperança. "Ele é perfeito, entende tudo ao seu redor. Fico encantada com cada sorriso dele e isso é o que me fortalece aqui dentro. Não vejo a hora de colocar meu filho nos braços e voltar para minha família".

Para ajudar Theodoro, amigos lançaram uma campanha na internet para arrecadar dinheiro suficiente para a compra do aparelho. Mas por enquanto só foram doados poucos mais de R$ 2 mil. Quem quiser contribuir, basta acessar o link: Vamos ajudar o pequeno Theo a respirar. Quem quiser ajudar diretamente Lanubia, pode entrar em contato pelo telefone: (67) 99893-1604. 

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