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Comportamento

Para amenizar saudade da mãe, Eduardo criou projeto que ajuda famílias carentes

Neste mês o Projeto Amar MSL promove festa para 100 crianças em comemoração ao registro oficial.

Willian Leite | 07/07/2018 07:50
Eduardo, a frente, e o grupo de amigos em ação numa comunidade carente de Campo Grande. (Foto: Arquivo pessoal)
Eduardo, a frente, e o grupo de amigos em ação numa comunidade carente de Campo Grande. (Foto: Arquivo pessoal)

Marília Sobottka Lugli sorriu pela última vez em 2012, quando partiu aos 47 anos após complicações com o diabetes. Professora de Educação Física, conhecida pelas ações sociais deixou como exemplo a solidariedade e hoje é a maior inspiração da família em ajudar o próximo.

Quem narra a trajetória da mãe é um dos filhos, José Eduardo Lugli, que viu na sensibilidade de Marília um jeitinho de amenizar a saudade. Ele conta que antes de adoecer, a mãe formou-se em Serviço Social em 2011, mas com o  diabetes, a saúde ficou ainda mais debilitada, o que deu início a uma luta diária.

“Minha mãe faleceu eu tinha 21 anos. Ela tinha diabetes desde os nove anos de idade e segundo os médicos não podia ter filhos e tinha muitas limitações. Mesmo assim, ela engravidou de mim e sempre rompeu barreiras. Mesmo com todas as dificuldades ainda pensava em facilitar a vida de quem precisava de ajuda”, diz o filho.

Marília, a mãezona que deixou saudades, e Eduardo, na colação de grau de Serviço Social, segunda faculdade dela.  (Foto: Acervo Pessoal)
Marília, a mãezona que deixou saudades, e Eduardo, na colação de grau de Serviço Social, segunda faculdade dela. (Foto: Acervo Pessoal)
Filho de Marília e coordenador do Projeto, Eduardo ameniza saudades com abraço das crianças.   (Foto: Acervo Pessoal)
Filho de Marília e coordenador do Projeto, Eduardo ameniza saudades com abraço das crianças. (Foto: Acervo Pessoal)

Hoje, aos 26 anos, Eduardo está prestes a realizar um sonho antigo de sua mãe, o de criar um projeto oficial de ajuda humanitária. “Logo depois que minha mãe partiu fiquei uns oito meses de luto, a vida tinha perdido o sentido, só voltei a ter gosto quando conheci minha noiva Juliana. Ela que na época percebeu que eu não estava bem, se juntou a mim e iniciamos trabalhos esporádicos de ajuda humanitária”.

Mesmo sofrendo com a dor do luto, a melhor maneira de se sentir confortado foi tomar frente de um trabalho que sempre foi o mote da vida da mulher que para ele foi um exemplo de superação e luta. “Desde que comecei as ações percebi que dei um volta de 360 graus, foi aí que percebi, que essa era a saída, para amenizar a tristeza e ter a certeza de que tudo que minha mãe sonhou não se foi com sua partida”, afirma.

O Projeto Amar MSL, leva no nome as iniciais da mulher que inspirou a criação. Em 2012, seguindo o modelo de ajuda humanitária que a mãe iniciou, Eduardo também juntou um grupo pequeno de amigos e partiu para as comunidades carentes do bairro Bom Retiro, Residencial José Teruel, Santa Mônica, Vespasiano Martins e até a Casa Lar, que é um projeto de acolhimento a pessoas de várias idades com transtorno mentais.

“Este mês o Projeto deixa de ser anônimo, vamos registrar uma ONG, e fazer com que o trabalho de ajuda humanitária cresça a cada dia, vou trabalhar incansavelmente, e agora com o reforço de mais 22 pessoas dispostas a colaborar com o projeto”, explica.

Em comemoração à oficialização do projeto o grupo irá promover uma festa em um espaço cedido para 100 crianças carentes. Quem quiser ajudar ou ser voluntário, pode acessar a página oficial no facebook ou entrar em contato pelo telefone, (67) 9 9273-8011 ou 9 8110-8282.

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