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Comportamento

Pesquisa diz que usar Tinder acaba com autoestima, será que rola isso por aqui?

Universitários discordam do resultado do estudo feito por pesquisadores da Universidade do Norte do Texas, nos EUA

Lucas Arruda | 08/09/2017 06:20
Foram comparados 100 usuários do Tinder com 1000 pessoas que não utilizavam app nenhum (Foto: Ângela Kempfer)
Foram comparados 100 usuários do Tinder com 1000 pessoas que não utilizavam app nenhum (Foto: Ângela Kempfer)

Pesquisadores da Universidade do Norte do Texas, nos Estados Unidos, compararam 100 usuários do Tinder, famoso aplicativo de relacionamentos amorosos, com 1000 pessoas que não utilizavam app nenhum nem sites de relacionamento. O resultado? Segundo eles, os aplicativos podem danificar sua autoestima e te deixar mais insatisfeito com sua aparência.

Para saber se isso também é verdade por aqui, o Lado B foi até um bar universitário para perguntar aos usuários desses aplicativos qual a opinião de quem usa. Todos, sem exceção foram categóricos em afirmar que nunca tiveram a autoestima afetada por conta dos apps de pegação, pelo contrário.

Lizandra, Kety e Kairison já usaram o app, mas não concordam com o resultado da pesquisa (Lucas Arruda)
Lizandra, Kety e Kairison já usaram o app, mas não concordam com o resultado da pesquisa (Lucas Arruda)

O acadêmico Kairison Ricardo de 18 anos achou que a pesquisa é furada. Ele já usou o Tinder, teve até encontros por lá, mas sempre esteve bem com sua aparência. “Para mim sempre foi normal, me sentia feliz. Só usava pra conhecer pessoas mesmo, não pra me comparar com alguém”, afirma.

Lizandra Bortoli, acadêmica de 25 anos, já usou bastante o Tinder, teve uma dezena de encontros com gente que conheceu por lá. Desistiu do app não por se sentir mal com sua autoestima, mas por encontrar muita figurinha carimbada por lá. “Não acredito que como você se sente com você mesmo seja afetada, me sentia bem, como estou agora que não uso mais. Só saí porque tinha muitos conhecidos, amigos de amigos, já não achava ninguém diferente”, pontua.

Já a acadêmica Kety Cabral, de 18 anos, usava o aplicativo para encontros casuais e isso até melhorava como se sentia. “Acho q até elevei minha autoestima quando estava por lá. Nunca procurei melhorar fotos só pra postar, queria que as pessoas gostassem de mim pelo que sou, não por uma aparência que muitas vezes nem é verdade”, frisa.

Kamilla só usava fotos em que se sentia bem
Kamilla só usava fotos em que se sentia bem

Kamilla Torres, acadêmica de 20 anos, também discordou com o resultado da pesquisa. “Eu nunca liguei muito para o que os outros pensam, estava lá pra conhecer pessoas, não por necessitar de atenção. Colocava as fotos que me sentia bem comigo mesma”, recorda.

Até quem nunca usou discorda com o resultado da pesquisa. As amigas Viviane Santos, de 31 anos, e Dayane Kommer, de 19, são casadas e nunca precisaram apelar para o mundo virtual para conhecer alguém. Elas conhecem pessoas que usam e também não acreditam que a autoestima seja afetada por conta do app.

“Sei que ali é um cardápio onde as pessoas são julgadas e escolhidas por sua aparência, mas não acho que isso deixa elas piores”, avalia Viviane. “As pessoas até podem se cuidar mais quando estão lá, tirar melhores fotos, mas também não acho que acabem sofrendo por isso não”reflete Dayane.

Fato é que os aplicativos estão aí e o acesso a novas pessoas está cada vez mais fácil por meio deles. Só não vale querer parecer algo que não é. “Tem que ser honesto, mostrar a verdade. Já vi algumas coisas falsas por ali”, conclui Kamilla.

Os resultados da pesquisa foram publicados no periódico científico Body Image.

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As amigas Dayane e Viviane nunca usaram o app, mas não acreditam que influencie na autoestima
As amigas Dayane e Viviane nunca usaram o app, mas não acreditam que influencie na autoestima
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