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Comportamento

Poliana deixou as borboletas para registrar o nascer e o crescer de famílias

Da biologia, pesquisa e das borboletas, ela mudou completamente o ramo profissional e encontrou realização no nascimento de bebês

Paula Maciulevicius Brasil | 10/02/2020 10:11
Como coadjuvante, Poliana está presente nos registros de uma família que acaba de nascer. (Foto: Poliana Felix)
Como coadjuvante, Poliana está presente nos registros de uma família que acaba de nascer. (Foto: Poliana Felix)

Fotos que contam o início, meio e o fim de uma história que só está começando. Poliana Félix tem 32 anos de vida, mas renasce a cada parto que registra. Da biologia, pesquisa e das borboletas, ela mudou completamente o ramo profissional e encontrou realização no nascimento de bebês.

O pontapé inicial para essa reviravolta foi, claro, a maternidade. Quando Arthur nasceu ela sentiu o quão difícil seria conciliar a vida de pesquisadora e de mãe. "Para investir na carreira acadêmica tem que ter dedicação extrema. Eu não queria abdicar do Arthur para poder viver isso, então comecei a pensar no que eu gostaria de fazer", conta.

O que ela já sabia era que queria seguir no caminho do maternar e até cogitou voltar à faculdade para estudar Psicologia. "Fiz o Enem para atender as puérperas, e olha que eu nem sabia o que era puerpério ainda", brinca.

Ainda em casa, gestante com o marido e a doula. (Foto: Poliana Felix)
Ainda em casa, gestante com o marido e a doula. (Foto: Poliana Felix)
(Já na maternidade, respirando fundo e seguindo exercícios em cada contração. Foto: Poliana Felix)
(Já na maternidade, respirando fundo e seguindo exercícios em cada contração. Foto: Poliana Felix)
Uma das técnicas utilizadas no alívio das dores do trabalho de parto. (Foto: Poliana Felix)
Uma das técnicas utilizadas no alívio das dores do trabalho de parto. (Foto: Poliana Felix)

Com o nascimento de Arthur, ela buscou em si a fotografia que já existia, mas muito diferente do que estava acostumada. "Fotografei borboletas por quase dois anos no Parque Nacional da Serra da Bodoquena, fazia o monitoramento de espécies e identificação. Eu não trabalhava com a fotografia de pessoas, mas isso 'casou' com o que eu queria, de nascimento", explica. 

O primeiro parto fotografado foi em junho de 2019 e, depois de "parir" este novo trabalho, Poliana nunca mais abandonou as salas de parto. Além de encontrar felicidade na nova profissão, Poliana também vive o desafio de pensar muito na conduta e como se portar dentro de um ambiente tão frágil e íntimo como um nascimento. 

"E também eu não queria que fosse algo só de registrar, posar e sorrir. Queria conseguir contar uma história a partir do início, que é a casa da pessoa, até para ela ter a memória afetiva dali, com o marido e a doula, a transição até o hospital e como aconteceu tudo", descreve. 

Em oito meses, a fotógrafa já soma 15 partos. "Sou uma defensora do nascimento com respeito. Não me vejo fazendo outra coisa na vida, quando fico duas semanas sem fotografar, me dá vontade de ir fazer plantão em hospital", brinca. 

Mais do que ouvir um muito obrigada das famílias, o que soa como elogio e agradecimento é justamente o que as mães falam depois de um parto. "Nossa, eu não acredito que eu consegui". Estar ali, participar ainda como coadjuvante e registrar é o que enche a mãe e fotógrafa de gratidão.

Para conhecer o trabalho de Poliana, siga o Instagram @polianafelix_fotografia

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Momentos antes do bebê vir ao mundo. (Foto: Poliana Felix)
Momentos antes do bebê vir ao mundo. (Foto: Poliana Felix)
O primeiro registro da vida do pequeno. (Foto: Poliana Felix)
O primeiro registro da vida do pequeno. (Foto: Poliana Felix)
Ainda ligado ao cordão umbilical. (Foto: Poliana Felix)
Ainda ligado ao cordão umbilical. (Foto: Poliana Felix)
E um dos momentos mais incríveis, o de amamentar. (Foto: Poliana Félix)
E um dos momentos mais incríveis, o de amamentar. (Foto: Poliana Félix)
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