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Comportamento

Sorriso padrão, opinar sobre tudo... O que o amigo deve parar de fazer no Face?

Elverson Cardozo | 29/01/2015 12:00
No Facebok, exposição nem sempre é positiva. (Foto: REUTERS/Dado Ruvic)
No Facebok, exposição nem sempre é positiva. (Foto: REUTERS/Dado Ruvic)

Em tempo de rede social, ninguém está imune à exposição da própria vida. Ninguém, portanto, é tão “bom usuário” a ponto de ditar regras de conduta, porque cada um usa a plataforma como quer e do jeito que acha certo. O que é correto para um é errado para o outro. Mas bom senso nunca é demais.

Se você tivesse liberdade, o que diria àquele seu amigo sobre os micos dele no Facebook? O Lado B saiu às ruas com essa pergunta e descobriu que algumas pessoas tem vontade de “dar um toque” no colega, parente, conhecido, mas não fazem isso por medo de estragar a relação. 

Tem gente que se incomoda com aquele sorriso "padrão", uma tática que a pessoa usa para garantir a pose perfeita, mas que ninguém mais suporta por saber que é forçado. Há quem ache que os desabafos recorrentes são outra bola fora dos usuários que escancaram a vida, talvez para despertar dó nos amigos. Também tem amigo que se irrita com o povo que adora postar em inglês e com outros que precisam opinar sobre tudo ou sempre começam as postagens com "Bom dia" e dezenas de pontos de exclamação. 

A dona de casa Jocimeire Rodrigues Santos, de 32 anos, se incomoda com as fotos indecentes, por isso diria a alguns contatos que exposição demais não cai bem. “Tem umas meninas que colocam fotos quase peladas, de shortinho”, comenta.

Larissa acha negativo "vender" uma imagem que não é real. (Foto: Marcos Ermínio)
Larissa acha negativo "vender" uma imagem que não é real. (Foto: Marcos Ermínio)

A vendedora Larissa Oliveira, de 22 anos, também é avessa aos registros desse tipo, mas acha mais negativo “vender” uma imagem que não é a real. “Tem gente que fica fingindo ser uma pessoa quando, na verdade, não é”, diz.

Como exemplo ela cita as mulheres que carregam demais na maquiagem e os homens que “pagam de fortinho”. “Criam personagens como se fosse um conto de fadas”, afirma.

Na opinião da jovem, esse tipo de atitude não é, nem de longe, favorável. “Você pode fingir ali, mas fora tem gente que te conhece”, argumenta.

Dona de casa e bastante atenta ao Facebook, Eliane Nogueira de Matos, 33, afirma que não tem muitas críticas com relação à utilização da rede, mas acha errado expor a vida particular em postagens que, para os outros, não acrescentam em nada.

Para Eliane, reclamar na rede de nada adianta. É melhor procurar um psicólogo. (Foto: Marcos Ermínio)
Para Eliane, reclamar na rede de nada adianta. É melhor procurar um psicólogo. (Foto: Marcos Ermínio)

Na visão dela, dizer a todo momento em que local está, por exemplo, não é nada legal. E esbravejar também não resolve. Eliane é da opinião de que as reclamações devem ser feitas a um psicólogo.

A telefonista Madalena Francisco de Oliveira, de 41 anos, não se incomoda com nada disso. Ela só não gosta de receber solicitações para jogos. “Você acaba excluindo as pessoas”, justifica.

Vitória Marques, 15 anos, também condena as solicitações jogos, mas se irrita mesmo é com as selfies exageradas. A amiga, Ana Claudia Martinez Correa, 17, não acha legal os xigamentos. Fora isso, se pudesse dar um conselho, pediria às pessoas que não curtissem e depois deixassem de curtir posts porque o gesto, avalia, não é bacana.

Ela também se incomoda com as indiretas. “No Face é o que mais tem. Acho que inventaram para isso, só pode. Se é amor é indireta. Se é inveja é indireta”, declara. A estudante Graziela de Souza da Silva não tem grandes observações, mas uma se destaca: “Tem muita gente querendo cuida da vida dos outros”. Isso, sim, incomoda qualquer um, finaliza.

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