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Comportamento

UFMS avalia postagem de professor contra "bichonas" e ele pode ser demitido

Jéssica Benitez | 27/05/2013 11:10
Professor usa palavras de baixo calão para criticar pichações (Foto: Divulgação)
Professor usa palavras de baixo calão para criticar pichações (Foto: Divulgação)

Diante da postura do professor universitário substituto, Kleber Kruger, acerca de pichações contra a homofobia no campus da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) em Campo Grande, a direção de Ponta Porã, onde o docente é lotado, enviou material à reitoria pedindo apuração do caso.

Após o exame do conteúdo, deve ser definido se será aberto procedimento administrativo ou se a atitude será julgada pela Comissão de Ética da instituição.

Entre as possibilidades de punição está a suspensão de contrato de 2 anos com o profissional, já que ele é professor substituto e, portanto, não concursado. Outra hipótese é aplicação de advertência.

Ontem à tarde, Kleber utilizou sua página na rede social Facebook para externar opinião a respeito de pichações nos corredores dos blocos de Ciências da Computação e Engenharia.

“Hoje cheguei na Federal e encontrei algumas paredes dos cursos de computação e engenharia pichadas com frases como: ‘O amor homo é lindo!’, ‘Homosexualismo é lindo!’, ‘Fora machismo!’... aaah! se fuderem seus *viados fila da puta!”, postou o professor.

A resposta veio imediatamente, com comentários nas redes sociais exigindo punição ao professor. Há, inclusive, uma petição virtual pedindo demissão de Kleber.

"O professor mostra-se homofóbico, desequilibrado e inapto para exercer função pública, especialmente o cargo de professor. Nenhum estudante gay deve ser submetido ao constrangimento de ter que ouvir aulas e ser avaliado por uma pessoa truculentamente homofóbica como o professor substituto Kleber Kruger", justificam os autores do movimento.

Hoje o professor está em Ponta Porã, depois de passara os últimos dias em Campo Grande para as aulas de mestrado em Ciências da Computação.

Depois de toda a repercussão sobre o caso no Campo Grande News, o professor garantiu estar arrependido e disse que não faria novamente algo parecido porque nunca teve "a intenção de ofender". "Não tenho medo de ser demitido, não quero é que as pessoas pensem que eu sou uma coisa que eu não sou. Não tenho nada contra gays. Foi um erro".

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