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Comportamento

Câncer não abala Marcos, de 10 anos, que tem sonho de conhecer Os Hawaianos

Marta Ferreira | 01/11/2011 18:39

Garoto se admira pelos movimentos de dança do grupo de funk carioca, que faz show em Campo Grande no dia 10 de novembro

Marcos, 10 anos, ensaia movimentos de funk dos Havaianos, grupo que quer conhecer. (Fotos: Pedro Peralta)
Marcos, 10 anos, ensaia movimentos de funk dos Havaianos, grupo que quer conhecer. (Fotos: Pedro Peralta)

Dez anos é a idade em que os meninos estão jogando futebol, nem que seja no videogame, e acham que estão virando homenzinhos, entrando na pré-adolescência e começando a falar de meninas e do que vão ser quando crescer. Para o menino Marcos, a primeira década de vida trouxe uma experiência diferente: aos 10 anos, ele trava a difícil batalha contra o câncer e, nem por isso, deixa de ser uma criança brincalhona e com gostos e sonhos próprios.

Um dos desejos do garoto de sorriso fácil, embora tímido, é conhecer o grupo de música que tem animado os dias de tratamento, a banda de funk Os Hawaianos, que faz show em Campo Grande no próximo dia 10. Ao saber da vinda do grupo, Marcos ficou ansioso, a ponto de chamar a atenção da equipe de enfermagem que o acompanha na quimioterapia, feita na Santa Casa de Campo Grande, que fez contato com Campo Grande News.

Marcos e mãe são encontrados na AACC (Associação de Apoio às Crianças com Câncer), ponto de apoio deles em Campo Grande, já que são de Anastácio.

Ele chega para a conversa quieto, tímido, mas ao começar a falar dos Havaianos, abre o sorriso. “Eu acho legal a dança deles”, resume o menino, no linguajar simples das crianças, ao ser perguntado porque a escolha.

Os Hawaianos tem letras de conteúdo picante, típicas de uma vertente do funk, mas Marcos passa ao longe dessas. Ele demonstra conhecer as “publicáveis”, como a que é usada como trilha do personagem João Sorrisão, criado pelo Globo Esporte. Mostra, principalmente, admiração pelos movimentos de dança. “Parece que eles tem mola”, diz a repórter, ao que Marcos acena positivamente com a cabeça. “É, é isso mesmo”.

O gosto de Marcos pelos funkeiros do momento é tão evidente que ele ganhou um aparelho de portátil de dvd para poder assistir aos vídeos do grupo. “Ele dança, canta para as enfermeiras”, conta a mãe, Elicena, de 29 anos.

Durante a entrevista, ele até ensaia uns passinhos, mas avisa: “Vou só fazer o movimento, pra você ver como é”.

Marcos e a mãe, que estão em Campo Grande para tratamento do menino.
Marcos e a mãe, que estão em Campo Grande para tratamento do menino.

Desde que Marcos soube, pela mãe, que o grupo vai se apresentar em Campo Grande, no dia 10 de novembro, no ginário Guanandizão, onde vai gravar um DVD, ele insiste na ideia de conhecê-los.

E o que ele quer? Assistir ao show ou apenas estar com os dançarinos-funkeiros. “Eu quero conhecer eles”, acentua, elencando os nomes dos integrantes do grupo. “Tem o Gugu, o Tonzão, aquele que usa faixa na cabeça e que canta, e o Iuri”. O único que ele não lembrou o nome, mas sabe bem quem de quem está falando, é Dioguinho.

A produção do show, contatada pelo Campo Grande News, informou que a classificação etária para a apresentação não permite a entrada de crianças, mas que a situação de Marcos é especial e há, sim, a possibilidade de o garoto conhecer o grupo.

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