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Comportamento

Consumidor "sofre", mas não deixa de ir a inauguração de supermercado

Mariana Lopes | 15/03/2012 14:29

Valeu de tudo, desde passar horas olhando prateleiras até sair do local carregando mercadorias nos braços

Na necessidade, irmãs se apertam na moto para caberem as compras (Foto: Mariana Lopes)
Na necessidade, irmãs se apertam na moto para caberem as compras (Foto: Mariana Lopes)

As promoções de inauguração da nova loja do Atacadão, localizada na avenida Duque de Caxias, em Campo Grande, atraíram clientes que moram perto e longe do supermercado. O que mais se via na manhã desta quinta-feira (15), eram consumidores saindo com caixas cheias de compras. E para aproveitar os preços, que para alguns nem foram tão baixos assim, valeu de tudo, desde passar horas olhando prateleiras até sair do local carregando mercadorias nos braços.

O pedreiro Severino Gurrise Cunha, 64 anos, deixou as obras hoje e amanheceu no supermercado. Ele saiu do Santo Antonio e ficou cerca de quatro horas pesquisando os preços para ver se compensava voltar mais tarde e acabou saindo com o carrinho quase vazio, prometendo que retornaria depois com a esposa.

Com um pouco mais de volume para carregar, a autônoma Eliane Fermina Brites, 30 anos, colocou a irmã na garupa da motocicleta Neo e foi às compras. Além da pilota e da passageira, o veículo teve que comportar uma caixa de leite, outras duas com produtos diversos e mais o que já estava guardado no bagageiro.

“Tenho que me virar como dá, estou acostumada. Encaixo uma no meio das pernas, o resto vai no colo da minha irmã, e vamos embora”, explica.

Do lado de fora do atacadista, à espera do próximo ônibus com destino à região do Indubrasil, a doméstica Jucreide de Arruda Savala, 51 anos, tinha próximo aos pés algumas sacolas com compras. Junto da cunhada Ramona Farias, 66 anos, ela não estava muito preocupada com os preços e aproveitou a inauguração para se divertir um pouco.

“Não sei se o valor está baixo ou alto, não sei quanto custa em outros mercados, mas gostei de ter vindo aqui, ganhei café, vi gente, me diverti”, contou, com um misto de satisfação e cansaço, de quem estava há algum tempo debaixo do sol esperando coletivo para voltar para a chácara onde mora.

Trânsito e estacionamento – O fluxo intenso de veículos na entrada do estacionamento do Atacadão mobilizou uma equipe da Agetran para controlar o trânsito no local. A fila de carros e motos chegava a uma quadra antes do supermercado.

A comerciante Jaqueline Leite, 43 anos, quis aproveitar a inauguração da loja, mas acabou presa no congestionamento. “Vim conferir se os preços estão bons, mas ainda nem consegui entrar”, conta.

Mas pelo menos ela estava quase perto de conseguir entrar no estacionamento, diferente de Maria Conceição, 42 anos, que, por falta de vagas, teve que parar o carro a alguns metros do supermercado e carregar as duas caixas de compras nos braços. “Eu vim com a intenção de comprar mais coisas, mas não ia dar conta de levar tudo para o carro. Vou ter que voltar à noite”, diz.

Quem também precisou estacionar do lado de fora foi o auxiliar de construção Cosme Ferreira de Brito, 38 anos. Encostado no portão de saída do supermercado, ele parou para descansar e arrumar as sacolas depois de atravessar todo o estacionamento. “Ainda tenho uns mil metros para andar, deixei o carro meio longe”, disse.

Inauguração – Foram R$ 34 milhões investidos na nova loja do Atacadão, que conta com um quadro de 300 funcionários diretos e outros 600 indiretos, entre fornecedores e serviços gerais.

A festa de inauguração deixou a maioria dos clientes satisfeita, principalmente no que se refere à organização na hora de enfrentar as filas dos caixas, situação que gerou muitas reclamações em outras lojas da rede atacadista.

“Apesar de o nosso foco ser venda em atacado, também damos a opção de varejo, então isso abre margem para gerar desorganização, mas pretendemos manter este padrão de hoje e principalmente que as outras lojas se espelhem por esta”, explica Lúcio Vicente, gerente de marketing do Atacadão.

No ponto de ônibus, Jucreide e Ramona aguardavam o coletivo para voltarem para a casa com as compras
No ponto de ônibus, Jucreide e Ramona aguardavam o coletivo para voltarem para a casa com as compras
Cosme parou na saída do estacionamento para pegar fôlego e retomar a caminhada até o carro
Cosme parou na saída do estacionamento para pegar fôlego e retomar a caminhada até o carro
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