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Consumo

Loja Harley-Davidson abre as portas para universo de paixão e luxo

Aline dos Santos | 10/12/2011 00:35

Um modelo importado de motocicleta alcança a cifra de R$ 105 mil

Modelo mais caro em exibição na nova loja em Campo Grande é a Road King Classic, que custa R$ 56 mil. (Foto: João Garrigó)
Modelo mais caro em exibição na nova loja em Campo Grande é a Road King Classic, que custa R$ 56 mil. (Foto: João Garrigó)

Passar pela porta da décima loja Harley-Davidson existente no Brasil, inaugurada nesta sexta-feira em Campo Grande, é entrar num universo de motocicletas que custam mais de R$ 100 mil e despertam paixões à altura da cifra.

Para os fãs, não basta ter uma moto que esbanje cilindradas, é preciso ter uma Harley. O contador Neidson Andrade Lopes, de 35 anos, tratou de garantir a sua. “Já encomendei a minha, quero ter o prazer de ter uma Harley”, conta.

A justificativa para pagar R$ 46 mil por um modelo de duas rodas, valor superior ao um carro popular, é simples. “É um sonho que tenho há muito tempo”, afirma o contador, durante a inauguração da concessionária Rota 67, na avenida Afonso Pena.

Dona de uma versão da moto com 1.600 cilindradas, a empresária Irene Hoffmann encarna o espírito aventureiro dos “harleyros”. Sob duas rodas, ela viajou sete dias pelos Estados Unidos, com direito a passagem pela famosa Rota 66.

Irene já rodou de Harley nos Estados Unidos e Europa. (Foto: João Garrigó)
Irene já rodou de Harley nos Estados Unidos e Europa. (Foto: João Garrigó)

No ano passado, uma Harley-Davidson alugada na Europa a levou por cinco países. “Pilotei 4 mil quilômetros”, recorda. Para 2012, o plano é se manter na estrada. “A próxima viagem será para o Canadá”, conta. A história de amor com a Harley começou em 2006. “Aconteceu muito de repente. Uma amiga falou para comprarmos as motos. E aquilo começou a bater muito forte”, relata.

Mototaxista de profissão e “harleyro” por paixão, Marcos Moraes, de 43 anos, comprou a moto dos sonhos de um amigo, por R$ 18 mil. “Viajei para Ponta Porã. A moto faz um barulhão, é dura. Mas viajar nela é muito bom”, conta, entusiasmado com as motos em exibição.

Além das máquinas, a marca fatura com roupas e acessórios, que vão de óculos de sol a fôrma para gelo. “As peças custam de R$ 30 a R$ 2 mil. Tem itens como bonés, camisetas a jaquetas térmicas”, afirma o gerente da concessionária, Marcos Latuf.

Com dois andares, bar e vista panorâmica, a loja também vai servir como local de encontros dos motociclistas. O clube será exclusivo, para entrar é preciso ser dono de uma Harley.

Depois de Audi e BMW, Harley-Davidson aporta em Campo Grande. (Foto: João Garrigó)
Depois de Audi e BMW, Harley-Davidson aporta em Campo Grande. (Foto: João Garrigó)

Famosas - A vinda de mais uma marca de luxo para Campo Grande - por onde já aportou concessionárias da Audi e BMW - não foi por acaso. “Foi feita uma análise de mercado no Brasil todo. Incluindo emplacamento de motos acima de 500 cilindradas e renda per capita”, explica o diretor-superintendente da Harley-Davidson no Brasil, Longino Morawski.

Dono da concessionária, o grupo Enzo - que já responde pelas marcas Fiat, Peugeot, Volare, Agrale, Mercedes-Benz e Toyota - investiu R$ 2,5 milhões. Conforme o sócio diretor da Rota 67, Karlos César Fernandes, a expectativa é vender 25 motos por mês. Na concessionária, o modelo mais caro em exibição é a Road King Classic, que custa R$ 56 mil.

A marca tem cinco famílias de motocicletas, num total de 19 modelos. Os preços variam de R$ 30 mil (900 cilindradas) a R$ 70 mil. Já um modelo importado alcança a cifra de R$ 105 mil. “O preço é o mesmo no Brasil todo. Temos um estilo próprio. Isso é Harley”, salienta Morawski.

O plano de expansão inclui a inauguração de mais dez lojas em 2012. “Até 2015, serão 50 concessionária no Brasil. E Campo Grande está entre os primeiros”, ressalta o diretor.

Para ganhar mercado, a marcas fará parcerias com instituição bancária. O objetivo é facilitar a compra por meio de financiamento.

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