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Consumo

Loja vende o passado em brinquedos, eletrônicos e muitas relíquias

Ângela Kempfer | 11/11/2011 11:00
Topo Gigio é um dos brinquedos à venda no "Arco da Velha".
Topo Gigio é um dos brinquedos à venda no "Arco da Velha".

Há duas semanas, uma loja no cruzamento da Rua 7 de Setembro com a Pedro Celestino propõe uma viagem no tempo. A “Arco da Velha” vende o passado em brinquedos, revistas, eletrônicos, eletrodomésticos, objetos de decoração e discos de vinil.

O “retro” autêntico, muito comum em São Paulo e em sites como Mercado Livre, agora tem ponto em Campo Grande, aberto pelo casal Leda Ribeiro e José Carlos de Goes. Na verdade, a loja tem o mesmo tempo do casamento: dois anos. Mas antes funcionava na Rui Barbosa.

“Viajamos uma vez por ano para a Europa e também procuro coisas em leilões em São Paulo. Buscamos o que é antigo, diferente ou exótico”, explica o proprietário que também recebe muitos objetos de pessoas comuns, que vendem, deixam em consignação, ou trocam o produto por outro da loja.

Barbeador da década de 70 no estoque da loja.
Barbeador da década de 70 no estoque da loja.
Prateleira cheia de coisas do passado.
Prateleira cheia de coisas do passado.

Na prateleira de revistas antigas, por exemplo, uma das edições tem a propaganda do lançamento do Aero Willys, na década de 60, com fotos de uma família grande e feliz. Outra, a “Fon Fon”, é de 1956 e custa R$ 25,00.

Do outro lado, há um telefone modelo JK, também barbeador à pilha da década de 70 (ainda funcionando), abridor de latas elétrico e uma coleção de produtos da Coca-Cola do século passado.

“Tem muita procura por câmeras analógicas, por exemplo. É incrível que na era digital ainda seja assim”, diz o dono que também chama a atenção para um esqui de esportes aquáticos, de madeira, da década de 70. “É uma raridade, porque naquela época era muito caro importar esse tipo de mercadoria dos Estados Unidos”

Na mesa perto do caixa, um toca discos muito bem conservado está pronto para os interessados em ouvir discos de vinil, dezenas deles.

A loja é uma diversão, já com frequentadores cativos. “Aos sábados isso aqui fica lotado. Alguns idosos sempre aparecem para perguntar se há alguma novidade e compram, mas a maioria do público é gurizada”, conta José.

José mostra disco que acha que não vai colocar à venda.
José mostra disco que acha que não vai colocar à venda.

Pela loja, o boneco Topo Gigio, de 1976, ainda não tem valor estipulado. A pesquisa na internet já mostrou que pode chegar a R$ 220,00.

Algumas peças, no entanto, têm preço formado pelo valor histórico e afetivo estabelecido pelo dono, que em alguns casos se apega tanto ao produto que nem sequer coloca à venda.

A dúvida mais recente é sobre um disco de “Os Incríveis”, com Mingo, Nenê e Risonho. “Acho que foi ficar com ele. Muita gente fala que é uma relíquia impossível de colocar preço”, justifica.

O servidor José Tavares de França Neto nunca havia entrado na loja, mas não faltava vontade. “Sempre passava na frente e tinha curiosidade. É surpreendente”.

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