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Consumo

Primeira Feira de Antiguidades tem de Cadillac a coleção de canetas antigas

Elverson Cardozo | 10/08/2014 12:23
Cadillac de 1958. (Foto: Marcelo Calazans)
Cadillac de 1958. (Foto: Marcelo Calazans)

A Praça Ary Coelho, no Centro de Campo Grande, recebe um público diferente neste domingo (10). O local sedia, até às 17h, a primeira Feira de Antiguidades, projeto da Sedesc ( Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e do Agronegócio), aprovado pela lei complementar 348, de 2013. O evento reúne, no total, 23 expositores, que levaram para o local objetos antigos de, no mínimo, 20 anos de fabricação.

O Lado B visitou o espaço e encontrou muitas coisa do passado, de discos de vinil a coleção de canetas, moedas e chaveiros, passando por utensílios domésticos dos mais variados tipos e carros antigos, como um Cadillac de 1958.

Relógio da antiga fábrica da Antarctica. (Foto: Marcelo Calazans)
Relógio da antiga fábrica da Antarctica. (Foto: Marcelo Calazans)

Ivanilson Carneiro Nogueira, de 38 anos, e o sócio dele, Josimar Campos Neto, de 48, da Trato Fino, estão apresentando ao público o produto mais caro da loja, um relógio que funciona como bar e adega.

O item está sendo vendido por R$ 15 mil porque carrega história. “Isso daqui era da antiga fábrica da Artarctica aqui em Campo Grande. Eles usaram durante 15, 20 anos e depois foi leiolado para um funcionário, que ficou com ele por mais 16 anos”, explica Ivanilson.

Na tenda dele, também tem máquinas de costuras da década de 40, vitrola de 1970, rádio de 1948, além de moedor de carne e café, caldeirão, chaleira de ferro puro, ferro à brasa, revistas e livros de receitas.

Na frente, em outro espaço, o funcionário público Ernani Broering Luiz, de 30 anos, da loja Armazém, tem vitrola para disco de 75 rotação, Genius, jogo de memória eletrônico, clássico da década de 80, Autorama do Ayrton Senna e até um fogareiro da Esso que, segundo ele, foi fabricado nos anos 50, 60 e 70.

Evento reuniu 23 expositores. (Foto: Marcelo Calazans)
Evento reuniu 23 expositores. (Foto: Marcelo Calazans)

“Na época estava ocorrendo a crise de abastecimento de gás no Brasil, aí o pessoal comprava isso porque usava querosene”, conta.

A Color Zoom, loja fotográfica de Campo Grande, levou para expor máquinas antigas, como uma Yashica Mat-124 G e outra de fole e também montou um estúdio móvel. O cenário é uma locomotiva nos trilhos e o figurino, disponibilizado pela própria empresa, é de época. A foto custa R$ 15,00 e sai na hora.

Na barraca de número 18, quem comanda o espaço é pai, mãe e filho. O trio vende discos de vinis antigos, além de fitas VHS. O material, que inclui relíquias regionais, é bem vasto. Tem da Bíblia narrada pelo jornalista Cid Moreira ao filme “Bem Dotado”, da Brasileirinhas, produtora pornô. O preço varia de R$ 10,00 a R$ 200,00.

Na "banca" 4, o representante comercial Carlos Luiz apresenta o projeto “Memória Fonográfica”, que existe há 14 anos. “Eu estou mapeando todos os artistas Su-Mato-Grossenses. Já são mais de 30 mil músicas digitalizadas”, conta.

Vinil de Délio e Delinha é uma das relíquias do projeto Memória Fonográfica. (Foto: Marcelo Calazans)
Vinil de Délio e Delinha é uma das relíquias do projeto Memória Fonográfica. (Foto: Marcelo Calazans)
Carlos Luiz e o charango boliviano. Instrumento é feito com casco de tatu. (Foto: Marcelo Calazans)
Carlos Luiz e o charango boliviano. Instrumento é feito com casco de tatu. (Foto: Marcelo Calazans)

O acervo completo reune pelo menos 500 discos de vinis e mais de 2 mil CDs. São registros de Dino Rocha, Tostão e Guarani, Castelo e Mansão, Paulo Simões, Délio e Delinha e por aí vai. Carlos guarda esse “tesouro” no MIS (Museu da Imagem e do Som).

Além dos vinis, o expositor também levou um instrumento boliviano pouco conhecido entre os brasileiros: o charango, espécie de cavaquinho, mas feito com casco de tatu. O produto está sendo vendido a R$ 800,00.

Na tenda do corretor de imóveis Plínio Carlos, de 60 anos, encontra-se de tudo um pouco: da lata de azeite de oliva a roca de tear. Tem, ainda, uma coleção de 180 canetas, que ele só entrega por R$ 2 mil. São preciosidades de várias épocas. A mais antiga é de 1918. “Eu junto desde criança”, revela.

Coleção de 180 canetas está sendo vendida a R$ 2 mil. (Foto: Marcelo Calazans)
Coleção de 180 canetas está sendo vendida a R$ 2 mil. (Foto: Marcelo Calazans)

Plínio também guarda chaveiros antigos do comércio de Campo Grande, além de medalhas. A Anumis-MS (Associação Numismática Sul-Mato-Grossense), que ocupa a barraca da frente, tem, além de medalhas, selos, cédulas e moedas de várias épocas.

A entidade existe desde 2010 e, por enquanto, é composta por apenas 17 participantes que se reúnem todo segundo sábado de cada mês na agência dos Correios do Shopping Campo Grande.

A Feira de Antiguidades reúne, além dessas, muitas outras histórias. O espaço merece ser visitado. Quem foi, gostou. “Achei bem bacana a ideia. Eu vim à praça por conta disso”, afirma a vendeora ClaudiaRodeghiero, de 36 anos.

“Isso traz o povo para conhecer o lugar”, comenta Maria Aparecida Trute, de 56. Ele mora na Capital há 4 anos, mas ainda não tinha ido à Praça Ary Coelho.

O evento está planejado para ser realizado no segundo domingo de cada mês. O objetivo é incentivar o resgate histórico, cultural e social da cidade que, com isso, passa a ter mais um atrativo turístico.

Feira pode ser visitada até às 17h deste domingo. (Foto: Marcelo Calazans)
Feira pode ser visitada até às 17h deste domingo. (Foto: Marcelo Calazans)

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