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Consumo

Quer a mordomia de um flat? As opções aumentaram e os estilos também

Elverson Cardozo | 19/02/2014 06:41
Ambientes vem decorados e mobiliados. (Fotos: Divulgação)
Ambientes vem decorados e mobiliados. (Fotos: Divulgação)

Há cinco, dez anos, alugar um flat em Campo Grande não era uma das tarefas mais fáceis. Primeiro porque eles quase não existiam. Depois, o preço dos que estavam disponíveis à locação sempre estava nas alturas. Hoje, esses apartamentos mobiliados, com tudo incluso, além de custar bem menos, viraram a nova aposta dos investidores e corretores de imóveis. É, também, a principal escolha de quem quer um local tranquilo para morar, sem se preocupar com os gastos extras, mas que tem dinheiro no bolso.

Mesmo assim, ainda são poucas as opções. Proprietário de uma imobiliária na cidade e ex-presidente do Creci (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de Mato Grosso do Sul), Eduardo Francisco Castro conta que devem existir uma média de 100 flats espalhados em pelo menos 5 prédios da Capital, a maior parte localizados na região central.

A maioria se enquadra no tipo básico, com tudo dentro, mas sem algumas “mordomias”, como serviço de quarto, limpeza, recepção ou manobrista, por exemplo. Mas existem os de alto padrão, mais caro, lógico. Em Campo Grande, segundo Francisco, o preço médio do aluguel varia de R$ 1,5 mil a R$ 1,8 mil, podendo passar dos R$ 2 mil, dependendo do imóvel e dos serviços. Esse valor inclui, quase sempre, água, luz e, às vezes, taxa de condomínio.

O aluguel de um deles, no 6º andar do edifício Manhattan, bairro Santa Fé, atrás do Shopping Campo Grande, custa R$ 1.800,00, fora a taxa de condomínio, definida em R$ 500,00. O flat, de alto padrão, é todo mobiliado e tem sala de estar, suíte, cozinha planejada, quarto, área de serviço, jardim, uma vaga na garagem, interfone, porteiro, portão elétrico e guarita.

Flat da Vila Nascente.
Flat da Vila Nascente.
Edifício Manhattan, no Santa Fé.
Edifício Manhattan, no Santa Fé.

Com R$ 1,6 mil mensal, R$ 700,00 a menos, é possível alugar outro, em uma casa, na Vila Nascente. A residência tem sala de estar, de TV, suíte, banheiro social, copa, cozinha planejada, área de serviço, jardim, lavanderia, uma vaga na garagem, alarme, cerca elétrica, interfone e portão elétrico.

Tem forno microondas, cooktop elétrico, exaustor, geladeira, TV LCD, cafeteira, sanduicheira, talheres, panelas, pratos, 2 ares-condicionados split, armários na cozinha, sala e suíte, garagem e jardim externo e interno, além do sistema de cerca elétrica e câmeras.

O dono, disse Eduardo, montou esse só para locar. Construiu, na mesma região, mais quatro casas. Mobiliou todas e deixou para alugar como flat.

Investimento - Esse tipo de negócio tem conquistado cada vez mais interessados. Se nos últimos cinco, dez anos, a o mercado ficou adormecido, a procura, de um ano para cá, especificamente nos últimos seis meses, tem aumentado de maneira significativa.

“É um ramo que realmente está crescendo bastante. Hoje eu administro cinco e todos estão alugados. Mesmo assim, recebo ligações de gente me perguntando quando que vai desocupar, querendo fazer reserva”, disse.

Vista de um flat de alto padrão.
Vista de um flat de alto padrão.

É um mercado promissor. Se falando em faturamento, prosseguiu, rende mais, o triplo dos aluguéis comuns. “Eu mesmo tenho dois apartamentos pequenos, no Vale do Sol, e estou transformando em flats”, contou.

Para quem aluga, destacou, também há vantagens. Um delas é o tempo de contrato, que pode ser inferior a um ano, diferente dos outros imóveis. A outra é a economia. Para quem está a trabalho e precisa passar uma temporada na cidade, por exemplo, compensa mais, na avaliação dele, ficar em um flat.

“É 70% mais barato que um hotel. É mobiliado e tem privacidade. Você aluga um flat por R$ 1,5 mil, durante um mês. Aonde você arruma um hotel por R$ 50,00 a diária, e com fogão, geladeira e micoondas?”, questionou, exemplificando.

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