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Diversão

Carnaval de “marco zero” tem os mesmos problemas de sempre

Ângela Kempfer | 19/02/2012 11:48
Animação não falta ao casal eleito para representar a Folia de Momo, mas a iluminação deficiente tira um pouco o brilho da festa. (Foto: João Garrigó)
Animação não falta ao casal eleito para representar a Folia de Momo, mas a iluminação deficiente tira um pouco o brilho da festa. (Foto: João Garrigó)

Depois de quase 3 horas de atraso, começou a primeira noite do desfile das escolas de samba em Campo Grande.

Na avenida destinada ao samba, o asfalto pintado de cal e as arquibancadas com aparência torta, calçada com pedaços de madeira irregular, desanimavam que chegava pela primeira vez no “sambódromo improvisado”.

A professora Márcia Veiga diz que não tinha muitas expectativas, mas se surpreendeu pelo nível das fantasias. “Mas só deu para ver que brilhava porque fui ali embaixo. Aqui da arquibancada todo mundo aparece sem cor, porque não tem iluminação decente”.

Na comissão de frente da Cinderela Tradição do José Abrão, a mesma conclusão sobre o cenário. “Não dá para ver nem o cuidado que os integrantes têm com a maquiagem”, lembrou a atriz

A iluminação é um dos pontos que mais provoca a indignação dos dirigentes das escolas. Apenas um lado da passarela tem postes. O cuidado no acabamento das fantasias, por exemplo, só pode ser observado por quem está em um dos camarotes.

“Isso mata a escola. Vem com brilho, mas o público não consegue ver. É olha que neste ano melhorou”, reclamou o presidente da Deixa Falar, Salvador Dodero.

A escola também reclamou da desorganização da Lienca. A Deixa Falar se sentiu prejudicada por ter diminuído a altura dos carros alegóricos para cumprir o regulamento, mas na hora do desfile descobriu que nenhum membro da Liga fez a medição antes do desfile.

“A gente foi limitada, mas a Igrejinha, por exemplo, não. Veio com carros enormes e ninguém faz nada. Isso é brincadeira”, protestou o diretor financeiro da agremiação, Jerson Alves.

Na concentração, um dia antes de desfilar, a Vila carvalho recolhia o que sobrou de carros que foram destruídos durante vendaval da tarde de hoje. O presidente da agremiação garantia que tudo seria refeito até a noite deste domingo, quando a agremiação se apresenta, mas abre a boca contra os dirigentes do Carnaval.

"Não tinha a menor estrutura montada aqui horas antes do desfile ontem. É tudo muito amador. A prefeitura de Aquidauana, por exemplo, dá 28 mil para cada escola da cidade e aqui? São 3.5 mil da prefeitura e 15 mil do governo. Como querem melhorar o Carnaval, investindo 500 mil naquela festa lá da fernando Correa da Costa e nada aqui?", questionou Zé Carlos.

Apesar dos pesares, o público de cerca de 6 mil pessoas continuou fiel até por volta das 2h30 da manhã. A partir da 4ª escola, muita gente foi embora e na saída a reclamação era sobre a morosidade na disposição das concorrentes.

“Passa uma, depois de quase uma hora vem outra. É muito tempo para gente ficar aqui, sem fazer nada. Será que não tem ninguém da organização lá, cobrando organização? Não há quem aguente”, protestou o mecânico Wandesey Correa.

Mas a festa sempre começa e acaba bem, graças às 8 comunidades que, entra ano sai ano, colocam a tradição na rua em Campo Grande.

Na imagens de inúmer4as crianças distribuídas em alas das escolas, uma luz para o Carnaval da cidade.

Walace e Milena estavma lindos como mestre sala e porta bandeira mirins da Cinderela do José Abraão. Ele, mais experiente, conta que este ano ganhou uma fantasia bem mais bonita. "Tem até o enfeite de cabeça".

Com mãe e avô no samba, os meninos que são amigos aprenderam a gostar da festa na comunidade e Walace já formou até uma banda de pagode, aos 10 anos de idade. "Somos os Moleques do samba. Já tocamos na lanchonete do meu primo".

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