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Lado B

Seis meses depois do carnaval, escolas ainda não receberam troféus

Ângela Kempfer | 09/09/2011 08:39
Presidente da Igrejinha mostra troféus, ainda com um faltando. (Foto: João Garrigó)
Presidente da Igrejinha mostra troféus, ainda com um faltando. (Foto: João Garrigó)

Na nova sede da escola de samba Igrejinha, no alto de uma das paredes já na entrada, as premiações são exibidas, mas ainda falta o troféu de 2011.

Vice campeã do último carnaval em Campo Grande, depois de mais uma apuração com muito bate-boca e contestações, nem a classificação final das escolas do grupo principal foi divulgada, reclama a agremiação.

“Ninguém sabe o que esta acontecendo, mas o certo é que é um absurdo depois de tanto tempo ainda não terem repassado o troféu”, protesta Paulinho, o atual presidente da escola.

A diretoria evita fazer ataques mais duros à Liga das Escolas de Samba de Campo Grande e prefere deixar a cargo da repórter a interpretação.

Em uma noite de samba, programada para arrecadar dinheiro para a estruturação da nova sede, o presidente pede “pelo menos” uma satisfação. “As coisas não podem ser desorganizadas dessa forma, o carnaval tem de ser profissional, senão nunca vai dar certo. O Carnaval é feito em detalhes”, diz o presidente Paulo Thomaz, o Paulinho.

O vice é o japonês Luis Katsuren, o Kat, arquiteto. Ele entrou na escola ao participar da festa em 2008, com a tarefa de estruturar os carros alegóricos para o enredo Centenário da Imigração Japonesa, e 2 anos depois passou a integrar a diretoria.

Presidente e vice em dia de samba na sede da Igrejinha.
Presidente e vice em dia de samba na sede da Igrejinha.

Mais contido, Kat concorda com o presidente, mas prefere indicar como a Igrejinha pretende dar o exemplo as outras agremiações para fortalecer as escolas e aumentar o número de pessoas envolvidas na festa.

“Vamos estruturar a sede para projetos sociais, com aulas de capoeira, música, confecção e outras atividades que tragam a comunidade para cá”, explica. As áreas escolhidas têm relação com as necessidades da escola, como a confecção de fantasias e a formação de percussionistas para a bateria.

O prédio na 14 de Julho é alugado, como todas as outras sedes, sempre na mesma rua onde a escola foi criada em 1975 pelos ferroviários.

Sobre a vocação de Campo Grande para o carnaval, os diretores lembram do sangue brasileiro e dizem que a Capital está para Corumbá – maior carnaval de Mato Grosso do Sul, como São Paulo está para o Rio de Janeiro. “Eles (paulistas) foram crescendo e hoje tem qualidade que não deixa nada a desejar”, avalia Paulinho.

A Igrejinha não vence desde 2008, mas ao longo dos 36 anos de existência teve 20 conquistas.

Zé Carlos, presidente da Vila Carvalho, diz que neste mês espera que problema seja resolvido.
Zé Carlos, presidente da Vila Carvalho, diz que neste mês espera que problema seja resolvido.

Neste ano, a escola ameaçou, mas decidiu não contestar o resultado do Carnaval, que deu o terceiro título consecutivo para Vila Carvalho. A maior reclamação foi de que na sinopse apresentada pela Carvalho havia uma ala com o nome “Amor ao meu time” com 50 componentes, com uma fantasia de luxo durante os desfiles, porém os dois itens não foram cumpridos. O resultado foi bem equilibrado, elas estavam empatadas, mas a Igrejinha perdeu por 2,5 pontos do quesito fantasia.

Já a Liga das Escolas alegou que no regulamento não estipula nenhuma punição para quem não cumpre a sinopse.

Os diretores da Vila Carvalho também não receberam até agora o troféu de campeã de 2011, mas têm um tom bem mais amistoso em relação ao problema. Segundo o presidente Luis Carlos, ainda neste mês os troféus devem ser entregues, conforme declarações da Lienca.

O Lado B tenta desde a última terça-feira falar com membros da Liga, mas sem sucesso.

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