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Diversão

Sem dinheiro prometido pela prefeitura, Liga das Escolas deve até para Rei Momo

Ângela Kempfer | 29/04/2013 16:35
Messias com o cheque simbólico nas mãos, no dia que venceu o concurso.
Messias com o cheque simbólico nas mãos, no dia que venceu o concurso.

O Rei Momo e a Rainha do Carnaval de 2013 receberam o cheque simbólico de premiação em janeiro, mas até hoje o dinheiro não caiu na conta. O nosso mais famoso anão levou o calote, assim como os jurados do desfile, que também não foram pagos. “Já vai fazer 3 meses. Vou cobrar juros”, diz o rei momo Messias de Lima.

A Liga das Escolas de Samba de Campo Grande tenta desde fevereiro receber o que a prefeitura prometeu para o Carnaval deste ano. São R$ 92 mil para premiação do rei e da rainha, confecção de roupas para os dois, pagamento dos jurados e rateio entre as escolas.

Segundo o presidente da entidade, Eduardo de Souza Neto, “nunca houve uma situação dessas. Normalmente, na Quarta-Feira de Cinzas a gente já liquidava todas as faturas”, garante.

Ele explica que no dia 29 de janeiro apresentou pela primeira vez a documentação à prefeitura de Campo Grande com pedido de repasse, mas foi necessária correção de algumas informações.

No dia 5 de fevereiro, houve nova tentativa e depois no dia 4 de março. “A justificativa era sempre que a equipe era nova, que era necessária a revisão de todos os contratos e um cuidado maior para ninguém errar já no primeiro convênio com a Liga”, lembra o presidente.

Na quinta-feira passada, a Fundação Municipal de Cultura repassou R$ 7,8 mil, mas o valor serve apenas para custeio administrativo da entidade, não faz parte do montante combinado em fevereiro.

Sem nenhum avanço, o valor teve de ser revisto, inclusive. Em um novo acordo, a prefeitura e a Liga acertaram que o repasse agora será de R$ 150 mil, já com valores referentes também ao Carnaval de 2014. “Como não veio dinheiro de 2013, pedimos para liberar tudo junto, já com o valor do próximo, para não acontecer o mesmo problema de agora”.

Mas o dinheiro também não apareceu, apesar do convênio estabelecer abril e maio como meses de execução. “Além do que já está atrasado, temos de receber o recurso de 2014 antes dos meses de execução das ações. A conta está aberta lá no Banco do Brasil, só esperando o dinheiro”, comenta Eduardo.

Em janeiro, o Estado liberou R$ 160 mil à Liga, mas todo o dinheiro foi rateado entre as 8 escolas que desfilam em Campo Grande. “A gente tinha certeza que receberia o dinheiro da prefeitura também, por isso entregamos os valores do governo estadual para as escolas e ficamos sem nada para as outras contas”, justifica.

O Lado B ligou para o diretor de eventos da Fundação de Cultura de Campo Grande, Américo Yule, que entregou o cheque simbólico de premiação no dia da escolha do Rei Momo e da Rainha do Carnaval. Ele pediu para que entrássemos em contato com a assessoria de Comunicação da prefeitura. Mandamos e-mail, como é solicitado pelo município, e esperamos a resposta.

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