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Curso “Empodera a Raba” ensina a mulherada a rebolar sem medo de censura

Com movimentos concentrados nos quadris, professora de dança mostra como o estilo resgata a autoestima

Thailla Torres | 16/09/2019 07:45
Com movimentos concentrados nos quadris, Roberta mostra como o estilo resgata a autoestima.
Com movimentos concentrados nos quadris, Roberta mostra como o estilo resgata a autoestima.

O estilo de dança twerk começou nos anos 90, mas para quem é mais novo ficou conhecido mesmo com cantoras como Miley Cyrus, Rihanna e Jennifer Lopez. Criado na Jamaica, o estilo é, basicamente, mexer muito os quadris. Em Campo Grande, o workshop “Empodera a Raba” nasceu para incentivar a mulherada a rebolar sem medo.

“Tenho vergonha” ou “não tenho corpo para isso” são frases inaceitáveis na aula da professora de dança Roberta Souza, que veio de Araraquara (SP) só para ensinar o twerk às campo-grandenses.

Com movimentos concentrados nos quadris, Roberta mostra como o estilo resgata a autoestima, sensualidade e, ao mesmo tempo, é capaz de queimar muita caloria, porque depois do abdome, a área mais trabalhada é a superior da coxa. Só que mais do que o lado estético, a professora diz que ama trabalhar a autoestima das mulheres. “É uma dança que me transformou, me fez ver que não há necessidade de ter vergonha e me fez lidar bem com o meu corpo”, explica.

Roberta mostrou alguns movimentos da dança em vídeo. (Foto: Henrique Kawaminami)
Roberta mostrou alguns movimentos da dança em vídeo. (Foto: Henrique Kawaminami)
Roberta, professora de twerk, e Mayara, idealizadora do workshop na Capital. (Foto: henrique Kawaminami)
Roberta, professora de twerk, e Mayara, idealizadora do workshop na Capital. (Foto: henrique Kawaminami)

Ainda há preconceito com o estilo, explica Roberta. “Há um receio porque a dança também se popularizou entre as strippers, então, quem não conhece julga a dança como algo vulgar. Mas ela não tem nada disso, é um estilo capaz de transformar a mente e o corpo das mulheres”.

Roberta iniciou as aulas de twerk em São Paulo há 3 anos e de lá pra cá coleciona histórias de mulheres que passaram a dançar sem nenhum receio.

Mas para conseguir fazer os movimentos é preciso algumas técnicas e muito treino. “Antes de dar aula eu passava horas assistindo videoclipes e treinando. Hoje, os treinos ainda são necessários uma vez que o estilo vai ganhando novos movimentos”.

O twerk pode ser feito de inúmeras formas. O mais comum é ficar na posição de agachamento, mas não muito perto do chão, para que se sinta equilibrada. Com as pernas bem separadas basta começar a se movimentar. Essa é a mias mais comum de fazer a dança. Roberta sugere uma música rápida e divertida, mas você pode praticar lentamente no começo, para aprender o movimento básico, e depois acelerar.

Roberta e as alunas em workshop realizado em Campo Grande.
Roberta e as alunas em workshop realizado em Campo Grande.

A iniciativa de trazer o workshop para Campo Grande foi da professora de dança de salão Mayara Vieira, de 28 anos. “Eu já conhecia o trabalho da Roberta e sempre vi que Campo Grande é uma cidade dançante, mas aulas se concentram mais na dança de salão. Então eu quis trazer esse workshop para romper com essa resistência de rebolar o bumbum. O twerk é um estilo para empoderar e desengessar as pessoas”.

Gravamos um trechinho do twerk feito por Roberta, mas inúmeros movimentos estão disponíveis em seu perfil no Instagram.

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