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Em aula de dança, Bachata e Lindy Hop são alternativas aos ritmos manjados

Aline Araújo | 18/03/2015 06:34
Os professores se divertem dançando Lindy Hop (Foto: Alcides Neto)
Os professores se divertem dançando Lindy Hop (Foto: Alcides Neto)

Se os ritmos regionais, o forró ou o samba de gafieira não te empolgam, deve ser porque ainda não encontrou a batida certa. Nas escolas de dança, há muito mais opções do que a gente pensa.

O professor de Educação Física e bailarino André Esperidão da Silva, de 27 anos, ensina ritmos bem diferentes dos que estamos acostumados. Entre os seus preferidos estão a Bachata, um ritmo da República Dominicana, o Lindy Hop, da década de 20 e o Rock Soltinho, com uma levada dos anos 60.

Ele dá aula de danças não só por sobrevivência, mas também por amor. De dia, trabalha ensinando futsal e handebol, mas as noites já estão comprometidas com as turmas de dança de salão. André também ensina os ritmos mais tradicionais, mas gosta mesmo é de passear entre o jazz, o rock e os ritmos latinos.

De uma dança para outra a posição das mãos faz toda a diferença. (Foto: Alcides Neto)
De uma dança para outra a posição das mãos faz toda a diferença. (Foto: Alcides Neto)

Sua história com a dança começou em 2007, quando ele entrou para o curso de Educação Física na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

“Eu descobri no curso que teria de dançar, e eu nunca tinha dançado na minha vida. Fui convidado a participar do projeto de dança e acabei dedicando muito mais tempo a ela. Como eu tinha muito mais dificuldade e queria acompanhar os outros, chegava a ensaiar oito horas por dia. Foi conhecer a dança e amar fazer isso”, lembra

Ele montou a Saltare, estúdio de dança que fica atrás de um salão de cabeleireiro na Rua Antônio Maria Coelho. Começou a estudar dança, foi para Belo Horizonte, aprender um pouco mais, e lá conheceu a batacha, o Lindy Hop e o Rock Soltinho.

O Lado B resolveu mostrar para você um pouco de cada um desses ritmos.

Lindy Hop

O ritmo animado encanta quem gosta de dançar uma levada diferente, a pegada do Lindy Hop é retrô. Ele nasceu nos anos vinte, os passos são rápidos, parece difícil, mas muito divertido para quem assiste. 

Com muitos saltos, pulos e movimentos aéreos, ele é dançado de sapatos baixos. O ritmo é da cultura negra, nasceu nos Estados Unidos. “Como os negros não podiam dançar nos salões dos brancos, eles faziam sátira da dança”, conta André.

Inspirada no breakaway, o Charleston e o sapateado, deu origem ao rock posteriormente. Na década de 30, acabou consagrada como uma das formas mas interessantes já criadas.

Rock Soltinho

Ao som dos anos 60 e 70, o Rock Soltinho é dançado quase separado, com uma postura “aberta”, quando só as mãos ficam em contato. A posição inicial é com as mãos dadas e o corpo separado. “O Rock soltinho é uma variação brasileira e não americana, como todos pensam. Os passos surgiram do jazz, no compasso dos pés”, explica.

No repertório, desde clássicos como hits dos Beatles, até musicas como Whisky a Go Go, do grupo Roupa Nova.

Bachata

Tradicional da República Dominicana, o ritmo tem uma levada latina, é dançado coladinho e com músicas do ritmo que leva o mesmo nome. Nasceu nas favelas na década de 60. Veio do bolero. “A marcação é quartenária, só que no intervalo entre uma marcação e outra, tem uma quebra de quadril” explica.

Ou seja, uma dança com muito rebolado e uma ginga diferente dá que estamos acostumados na salsa ou lambada.

A Saltare fica na Antônio Maria Coelho, n° 2377. As aulas de dança de salão são à noite, Segundas e quartas e terças e quintas.  Das 20h às 21h iniciantes e das 21h às 22h intermediária.

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