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Na rua, plaquinha de "Hipnose Grátis" chama atenção de curiosos, mas dá medo

No Centro, colocamos um cartaz oferecendo hipnose grátis e a reação das pessoas sobre o método é de curiosidade

Thailla Torres | 12/08/2017 07:10
O primeiro curioso pelo método topou ser hipnotizado. (Foto: André Bittar)
O primeiro curioso pelo método topou ser hipnotizado. (Foto: André Bittar)

No Centro de Campo Grande, o terapeuta Geraldo Foscaches coloca um cartaz oferecendo hipnose grátis. Não foi preciso um minuto até aparecer o primeiro curioso pela ideia no meio da rua. A palavra gera estranheza para alguns, mas ninguém nega a vontade de ficar em transe. Diferente do que muitos imaginam, o método é simples, não deixa ninguém alucinado e é cada vez mais procurado para fins terapêuticos, como alternativa para superar traumas, fobias e dores.

Para muitos, o assunto ainda é novo, mas vem ajudando muitas pessoas em problemas emocionais. "A hipnose serve para qualquer questão de fundo emocional. Depressão, síndrome do pânico, gagueira, fibromialgia, perdas e fobias. E a gente trabalha isso e consegue a curto ou longo prazo resolver o problema", diz.  

Segundo o hipnoterapeuta, o tratamento é feito de acordo com a aceitação do paciente sobre o passado. "Todo sintoma tem uma causa e, geralmente, começou em algum momento da vida que gerou uma programação. O que são essas programações? São comportamentos, sentimentos ou pensamentos que se tornam um sintoma físico levando essas pessoas a terem problemas", específica.

O o hipnoterapeuta explica que o tratamento é feito de acordo com a aceitação do paciente.
O o hipnoterapeuta explica que o tratamento é feito de acordo com a aceitação do paciente.

Para tratar com a hipnoterapia, é necessário fazer uma regressão para chegar no início do problema. "A gente busca onde tudo começou, vai reaprender esse comportamento e assim com o tempo o sintoma vai deixar de acontecer. E tudo isso é feito através da emoção, a partir da vontade e da consciência do paciente", explica.

Mas porque tanta gente desconhece ou resiste a hipnose? A resposta está no medo, explica Geraldo. "Existem muitos mitos sobre o método. O primeiro receio é de apagar completamente, depois de ficar preso na hipnose ou até revelar segredos durante o tratamento. Mas nada disso acontece. Ninguém dorme ou fica inconsciente durante o processo. A pessoa na verdade está muito mais no controle pelo estado de relaxamento completo".

Para ganhar a confiança do público e falar sobre hipnose de um jeito didático, Geraldo vai às ruas com um cartaz oferecendo hipnose grátis. Nesse momento a hipnose é passada como entretenimento, apenas para explicar e derrubar o mito sobre o método.

Cidimar Gomes, de 26 anos, se aproximou receoso, dizendo que não acreditava no que estava sendo proposto. "Pra mim, isso aí é coisa do inimigo (diabo)", resumiu. Mas em pouco tempo ele topou ser hipnotizado e descobriu que esteve em consciência o tempo todo. "Sim, eu escuto todo mundo a minha volta. Realmente não é um bicho de sete cabeças", comemora.

Geraldo fez Cidimar ter a sensação de estar com os dedos colados e até esquecer um número. A técnica usada nesse tipo de hipnose é baseada no que o subconsciente aceita e reproduz, explica. "Eu fui convencendo ele sobre esse fenômenos no corpo. É muito simples, no caso dos dedos colados eu fui fazendo ele levar essa cola para os dedos das mãos, pés, os olhos e ele teve essa sensação. Depois ele esqueceu o número e o nome, mas isso só aconteceu porque ele aceitou e acreditou na hipnose, e assim reproduziu o que eu falei", explica.

Enquanto isso, muita gente pergunta se o que está escrito na placa é verdade, mas ninguém tem coragem de experimentar.

"É assim mesmo, as pessoas ficam curiosas, mas aos poucos vão entendendo o significado. A hipnese é uma terapia breve, mas que tem muito efeito. A única coisa que tira o efeito é o medo. Por isso temos que mostrar que não é nada de extraordinário".

Para quem tiver interesse em aprender a hipnose para divertir os amigos ou a hipnose clínica, Geralda vai oferecer um curso nos dias 16 e 17 e 23 e 24 de agosto em Campo Grande. O telefone para contato é (67) 99121-0202.

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