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Sabor

Casa de sushi no Amambai prioriza reservas e promete sabor nikkey artesanal

Numa casa antiga, Jô viu sonho de ter próprio restaurante surgir com apoio dos amigos

Thaís Pimenta | 26/04/2018 08:15
Ambiente remete ao aconchego da casa da vovó e, de maneira simples, tem atendido bem aos clientes. (Foto: Paulo Francis)
Ambiente remete ao aconchego da casa da vovó e, de maneira simples, tem atendido bem aos clientes. (Foto: Paulo Francis)

A proposta do J. Barros Sushi Lounge é bem diferente do que costumamos ver pelas casas de sushi em Campo Grande. O novo restaurante do bairro Amambai trabalha com reservas. "Dá pra reservar até no mesmo dia, por exemplo, abrimos às 19h, mas o cliente ligando meia hora depois disso a gente consegue se organizar pra receber", diz o proprietário Jonilson Barros.

O convite é a uma maneira mais artesanal de degustar a tradicional culinária japonesa e também de algumas releituras da comida nikkey, a fusão da gastronomia japonesa com peruana. "A ideia sempre foi, desde do começo, ter na casa um conforto de um ambiente familiar, em que você pode se sentar e comer tranquilamente. Sempre quis clientes que viessem e ficassem a vontade de ficar, mesmo que não coma mas que se sinta num ambiente bem acolhedor", explica.

O preço fixo de R$ 55,00 dá direito ao festival completo, com entradas quentes e frias, combinado e sobremesa. O valor menor do que em muitos lugares de rodízio também é viável por conta das reservas. No menu, entram outras possibilidades da gastronomia oriental, como os tartares, os carpaccios e as releituras do doshi e da myura. 

Doshi de carne. (Foto: Paulo Francis)
Doshi de carne. (Foto: Paulo Francis)
Casa de sushi no Amambai prioriza reservas e promete sabor nikkey artesanal

Jô sempre morou na periferia de Campo Grande, levando uma rotina tripla de trabalho e estudos. "Eu estudava psicologia na UCDB de manhã, ia pro meu trabalho de call center na parte da tarde, depois ia pro meu freela de sushiman no Taiyô. Aos fins de semana, eu ia para o Sushi no Quintal e só tinha tempo livre mesmo de madrugada", lembra ele.

Foi a amigona Marcela Guimarães e seu companheiro Cristiano que deram suporte emocional a Jô, dizendo que ele seria sim capaz de retomar o sonho antigo de ter o próprio restaurante. "Eles estão comigo até hoje, auxiliam desde a compra de todo dia do mercado até me dão suas opiniões sobre o sabor dos pratos, por exemplos".

Então, os planos que eram de um se multiplicaram entre os amigos. "Eles hoje compartilham do mesmo sentimento que eu e estamos juntos, enfrentando lotação da casa e os dias de casa vazia também".

Sua "mestra", como costuma chamar, Cristiane Bitencourt é a pessoa que até hoje Jô faz questão de expressar imensa gratidão, pois foi a chef que lhe ensinou a amar a gastronomia japonesa. "Trabalhamos juntos e digo até hoje que ela é minha mentora pois quando eu estou em dúvida de algum prato, algum sabor, ela tá ali, mesmo longe, para me dar um help. Foi na rigidez e no amor que ela transmitia a mim dentro do ambiente de trabalho que hoje essa casa está de portas abertas para o público".

Tartare de abacate. (Foto: Paulo Francis)
Tartare de abacate. (Foto: Paulo Francis)
Tartare de maçã. (Foto: Paulo Francis)
Tartare de maçã. (Foto: Paulo Francis)

Todos os pratos servidos no festival saem também à la carte. As entradas são pratos quentes japoneses e chineses, como o yakisoba, rolinho primavera, trouxinha de frango e yakimeshi. Depois são servidos os pratos quentes nikkey, diferenciais da casa. O dashi, por exemplo, é um macarrão que tem gosto de cerveja. "Ele é uma adaptação, leva creme de milho com cerveja, tomate seco, carne e pepino, E muita gente diz que ao experimentar ele é como se estivesse comendo cerveja", brinca.

O myura foi pensado para servir as crianças que vão ao restaurante e por isso foi adaptado o tradicional purê peruano. "Eu cozinho as batatas, frito elas com alho e sirvo com molho sete ervas e parmesão, é sucesso garantido". Além desses, tem também o frago oriental frito com legal, que lembra bem um frango xadrez, só que seco.

Joe fogo. (Foto: Paulo Francis)
Joe fogo. (Foto: Paulo Francis)

De entradas frias são servidos os tartares de maçã e abacate, os carpaccios de salmão e tilápia e o ceviche peruano e de salmão. De sushi, os tradicionais uramakis, hot roll, hossomaki, temakis, sashimis e, claro, destaque para os joe fogo, servidos pegando fogo na mesa do cliente. "Eu uso o mesmo molho sete ervas da myura nele, e limão, fica uma delícia", completa Jô.

O ambiente é simples. Os pisos são feitos com mosaico e os ladrilhos hidráulicos são antigos. "Nós abrimos do jeito que deu, ainda queremos arrumar muitas coisas, foi tudo no improviso, mas feito com amor", finaliza. 

A casa funciona de quarta-feira a segunda, a partir das 19h. Para reservar basta acessar o link. O restaurante fica na Rua Paissandu, 485, Amambai. Quem chegar sem ter feito reservas, se encontrar mesas, também será bem atendido.

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Jô preparando um carpaccio. (Foto: Paulo FRancis)
Jô preparando um carpaccio. (Foto: Paulo FRancis)
Detalhes na decoração e na estrutura do espaço. (foto: Paulo Francis)
Detalhes na decoração e na estrutura do espaço. (foto: Paulo Francis)
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