Governo e setor privado unem forças para impulsionar produção de milho

Para enfrentar a queda na produtividade do milho e impulsionar a produção rural, foi lançado nesta quinta-feira (26), pelo governo do Estado, o Programa para Incremento da Produtividade de Milho de Mato Grosso do Sul.

O evento ocorreu na Fazenda Boa Vista. Organizado pela empresa Corteva Agriscience, o evento é voltado para produtores e autoridades em Ponta Porã.

O objetivo do programa é apresentar soluções práticas e eficazes para aumentar a produtividade das lavouras sul-mato-grossenses por meio de tecnologias modernas, sementes adaptadas, manejo eficiente e implantação de campos-modelo.

A ação visa atender especialmente os produtores de médio e grande porte com perfil inovador. A Corteva será responsável pela transferência de conhecimento técnico e desenvolvimento das áreas demonstrativas.

“É o momento de trazer competitividade à nossa lavoura. O Estado está presente para trabalhar e facilitar a vida de quem produz. Estamos unindo esforços para gerar os resultados que precisamos. Mato Grosso do Sul está em crescimento e tem a nossa produção como base. A própria industrialização vem do agro”, destacou o governador Eduardo Riedel (PSDB), ao reforçar o compromisso do governo com o setor produtivo.

Segundo dados da Aprosoja/MS e da Famasul, na segunda safra de 2023/2024, a produtividade média do milho no Estado foi de apenas 67 sacas por hectare, resultado impactado pela estiagem que atingiu mais de 90% dos municípios. A nova iniciativa surge como resposta concreta a esse cenário, reunindo tecnologia, pesquisa e suporte técnico para transformar a realidade do campo.

A senadora Tereza Cristina (PP) também participou do lançamento e destacou o papel da tecnologia na superação dos desafios do setor. “O Brasil tem a melhor agricultura do mundo, e este sistema tecnológico dá certo e aumenta a produtividade. Os produtores estão sempre inovando e buscando alternativas de sucesso”, afirmou.

Um dos exemplos apresentados foi o da Fazenda Boa Vista, em Ponta Porã, dos irmãos Ângelo e Mário Pignataro. Com o uso de híbridos de milho da Pioneer (marca da Corteva), soluções químicas e biológicas, e práticas de manejo ajustadas às condições climáticas da região, eles conseguiram alcançar resultados expressivos mesmo em anos de estiagem. Na última safra, por exemplo, a produtividade chegou a 85 sacas por hectare, 27% acima da média estadual.

Para o diretor de marketing de sementes da Corteva, Anelcindo Souza, a iniciativa marca um novo ciclo de inovação no Estado. “Estamos lançando um programa baseado em Mato Grosso do Sul. Sabemos dos desafios dos produtores e sempre ressaltamos que não existe fórmula mágica, mas sim a junção de várias tecnologias. Elas serão fundamentais para aumentar a produtividade.”

A Corteva investe cerca de US$ 4 milhões por dia em Pesquisa & Desenvolvimento em todo o mundo. No Brasil, são 10 unidades dedicadas à pesquisa, incluindo uma estação satélite em Fátima do Sul, voltada a desenvolver híbridos e soluções adaptadas ao clima, solo e desafios do Estado. Entre os materiais desenvolvidos estão os híbridos P3310VYHR e P3322PWU, que já demonstram desempenho superior nas lavouras sul-mato-grossenses.

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