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Lado Rural

Pecuária no Pantanal ganha plano para exportar mais e preservar ecossistema

O plano propõe criação de selos de origem, incentivo à exportação e rastreabilidade do couro

Por Izabela Cavalcanti | 08/07/2025 08:19
Pecuária no Pantanal ganha plano para exportar mais e preservar ecossistema
Rabanho de gado em propriedade rural de Mato Grosso do Sul (Foto: Saul Schramm)

A Semadesc (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) encomendou um estudo para embasar o Plano de Fortalecimento das Cadeias Pecuárias do Pantanal de MS.

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Estudo encomendado pela Semadesc de MS embasa plano para fortalecer cadeias pecuárias no Pantanal, região que representa 27% do território e 6,8% do PIB estadual. O levantamento abrange 11 sub-regiões, avaliando produtividade, condições dos imóveis e programas de incentivos, com foco na bovinocultura, praticada há 300 anos na região. O plano propõe medidas como selos de origem, incentivo à exportação, rastreabilidade do couro e pagamento por serviços ambientais. O diagnóstico, apresentado a secretários e coordenadores, considera dados de órgãos como Iagro, IBGE, Agraer e Senar, abrangendo aspectos ambientais, sociais e econômicos. Além da bovinocultura, com mais de 4,2 milhões de cabeças, o estudo analisa cadeias de peixes, ovinos, abelhas, jacarés e equinos, visando identificar o status atual e propor ações de fortalecimento, como assistência técnica, qualificação de produtores e estudos de espécies nativas. O plano também reforça a necessidade de melhorias na logística, modernização das inspeções sanitárias e integração de políticas públicas para equilibrar produção e preservação ambiental.

O objetivo é detalhar desafios, oportunidades e ações para as principais atividades pecuárias da região, que representa 27% do território estadual e 6,8% do PIB estadual.

Com isso, o plano propõe medidas como criação de selos de origem, incentivo à exportação via ampliação de habilitação de frigoríficos, rastreabilidade do couro e pagamento por serviços ambientais.

O levantamento abrange 11 sub-regiões no Pantanal. Foram verificados indicadores como produtividade, condições dos imóveis e programas de incentivos.

"O grande foco é a questão da bovinocultura por entender que atividade é praticada há pelo menos 300 anos no Pantanal. Então precisávamos entender como estava essa pecuária, em cada atividade e com o estudo isto está respaldado", salientou o titular da Semadesc (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck.

Em Mato Grosso do Sul, a bovinocultura de corte é a principal atividade, reunindo mais de 4,2 milhões de cabeças, o que representa 22,7% do rebanho estadual. No ano passado, a comercialização de bezerros e bois movimentou mais de R$ 5 bilhões.

O diagnóstico foi apresentado na semana passada ao secretário Jaime Verruck; o secretário adjunto da Semadesc, Arthur Falcette; os secretários executivos de Desenvolvimento Rogério Beretta e de Ciência e Tecnologia, Ricardo Senna, além dos coordenadores de equipes de investimentos e pecuária.

O plano considera dados da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal); IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística); Agraer (Agência Estadual de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural); do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e abrange aspectos ambientais, sociais e econômicos.

Outras cadeias - Para o relatório também foi analisado as cadeias de peixes, ovinos, abelhas, jacarés e equinos do Pantanal para identificar o status atual e a dinâmica das principais pecuárias.

"Foi feito um amplo diagnóstico da pecuária, apicultura, piscicultura, entre outros para que se pudesse fazer um plano de ação. Isso também está dando muito suporte para toda a questão do PSA (Pagamento por Serviços Ambientais) do Pacto do Pantanal. Então a ideia é exatamente que ao longo desse processo fosse realizado um plano de ação para o fortalecimento das cadeias produtivas”, disse Verruck.

A ovinocultura voltou a crescer em abates e faturamento. Entre as ações propostas estão o reconhecimento da raça, combate à informalidade e criação de protocolos de produção sustentável.

Na apicultura e meliponicultora, o plano sugere ampliar assistência técnica, qualificação de produtores, além de estudar espécies nativas e criar seguros específicos.

A piscicultura, limitada pelas condições naturais e legislação ambiental, é apontada como área potencial, desde que haja investimento em genética e manejo sustentável.

A equideocultura terá destaque para ações de promoção da raça pantaneira e incentivo ao correto registro dos animais.

Além das ações específicas, o estudo reforça a necessidade de melhorar a logística do Pantanal – ampliando aterros, portos fluviais e estradas –, modernizar as inspeções sanitárias e integrar políticas públicas para equilibrar produção e preservação.

"Temos agora um plano de desenvolvimento específico, com inúmeras ações relativas à região. A ideia com este diagnóstico é olharmos a região sob um olhar diferente de cada um dos pantanais. Temos dados muito positivos e que até nos surpreendem. Por exemplo, hoje 45% dos animais abatidos estão em programas do governo estadual, como o Precoce MS, ou o Pecuária sustentável. Isso aponta que estamos no caminho certo, de aliar o desenvolvimento com a sustentabilidade", concluiu Verruck.

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