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Lado Rural

Plano Safra pode disponibilizar até R$ 16,1 bilhões para MS

O montante é referente somente ao aporte feito pelo Banco do Brasil para o Estado

Por Izabela Cavalcanti | 16/07/2025 10:08
Plano Safra pode disponibilizar até R$ 16,1 bilhões para MS
Secretário executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Semadesc, Rogério Beretta (Foto: Mairinco de Pauda)

O Plano Safra 2025/2026 pode disponibilizar até R$ 16,1 bilhões para Mato Grosso do Sul, por meio do Banco do Brasil. O total para o País disponibilizado pela instituição é de R$ 230 bilhões, aumento de 2% se comparado com o montante da safra passada, que foi de R$ 225 bilhões.

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Mato Grosso do Sul pode receber até R$ 16,1 bilhões do Plano Safra 2025/2026, representando entre 5% e 7% dos R$ 230 bilhões disponibilizados pelo Banco do Brasil para todo o país. O valor representa um aumento de 2% em relação à safra passada. A projeção considera o desempenho do estado no Plano Safra anterior, quando foram contratados R$ 12,7 bilhões em financiamentos, sendo R$ 250 milhões para agricultura familiar e R$ 12,4 bilhões para agricultura empresarial.O anúncio foi feito na agência do Banco do Brasil em Campo Grande, com a presença de representantes do governo estadual e de instituições ligadas ao setor agropecuário. O secretário executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável destacou a importância das práticas sustentáveis para garantir juros mais baixos nos financiamentos. O Plano Safra 2025/2026, lançado em 1º de julho pelo presidente Lula, prevê R$ 516,2 bilhões para financiar a agricultura e pecuária, com taxas de juros que variam de 8,5% a 14% ao ano, com incentivos para produtores que adotarem práticas sustentáveis.

Conforme explicou o superintendente regional do Banco do Brasil, Omar de Vasconcelos, não há valor fixado para Mato Grosso do Sul dentro do Plano Safra, mas existe uma projeção em relação ao montante global. “Normalmente o Estado fica com 5% a 7% do total”, afirmou, durante anúncio feito na terça-feira (15), na agência do BB localizada na Avenida Afonso Pena.

Com isso, se chegar ao índice máximo, Mato Grosso do Sul pode dispor de até R$ 16,1 bilhões, em relação ao Banco do Brasil para financiar a próxima safra.

Ainda de acordo com a Superintendência do BB no Estado, no ano passado, MS contratou financiamentos de R$ 12,7 bilhões, o que corresponde a 5% do total. Deste montante, R$ 250 milhões foram destinados à Agricultura Familiar, beneficiando ao menos 1.650 famílias. A Agricultura Empresarial contratou R$ 12,4 bilhões, sendo R$ 9 bilhões para custeio, R$ 1,7 bilhão para investimentos e R$ 1,7 bilhão para a comercialização.

O secretário executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Rogério Beretta, representou o Governo do Estado no evento.

Para ele, uma das maneiras de garantir juros mais baixos é agregar práticas sustentáveis à agricultura, como por exemplo, fazer o plantio direto na palha, técnica usada em Mato Grosso do Sul há décadas.

Essa é uma das práticas sustentáveis que ajuda a fixar o carbono no solo e, consequentemente, impede a emissão de gases poluentes na atmosfera.

“Nós precisamos dessas práticas sustentáveis, buscamos ser Estado Carbono Neutro até 2030, de modo que esse incentivo do Plano Safra vem ao encontro das metas ambientais de Mato Grosso do Sul”, disse Beretta.

Também estiveram presentes no evento, o secretário executivo da Agricultura Familiar, dos Povos Originários e das Comunidades Tradicionais da Semadesc, Humberto Melo; o diretor presidente da Iagro (Agência Estadual de Vigilância Sanitária Animal e Vegetal), Daniel Ingold; a superintendente estadual do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Marina Viana; o superintendente estadual de Pesca, Marcelo Heitor; e o superintendente do Sebrae/MS (Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas), Claudio Mendonça.

Lançamento – No dia 1° de julho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou o Plano Safra 2025/2026, com previsão de R$ 516,2 bilhões para financiar a agricultura e a pecuária empresarial no Brasil. Os recursos são voltados a produtores rurais de médio e grande porte, além de cooperativas.

Deste total, R$ 447 bilhões serão destinados a grandes produtores e cooperativas, enquanto R$ 69,1 bilhões contemplam os agricultores do Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural).

As taxas de juros variam conforme o perfil do produtor: 10% ao ano para os médios produtores do Pronamp e 14% para os demais. Para investimentos, os juros vão de 8,5% a 13,5% ao ano. Produtores que adotarem práticas sustentáveis terão acesso a condições diferenciadas, com redução nas taxas.

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