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Meio Ambiente

Com técnica há 8 anos, lavanderia economiza 30 mil litros de água/mês

Água que empresa deixa de gastar por mês é suficiente para abastecer seis caminhões do Corpo de Bombeiros

Priscilla Peres e Renata Volpe Haddad | 30/09/2016 07:40
Pensando no meio ambiente, Paulo decidiu implantar o sistema de captação de água das chuvas para usar na lavanderia. (Foto: Alcides Neto)
Pensando no meio ambiente, Paulo decidiu implantar o sistema de captação de água das chuvas para usar na lavanderia. (Foto: Alcides Neto)

Trinta mil litros de água economizados por mês. O montante daria para atender as necessidades de uma família por 90 dias ou abastecer seis caminhões de combate a incêndio do Corpo de Bombeiros. Mas isso, é o que o empresário Paulo César Fernandes deixa de gastar por mês em sua lavanderia.

Há oito anos, quando ainda pouco se falava em preservação ambiental, Paulo decidiu instalar um sistema de captação de água da chuva em sua empresa, que lava toalhas e uniformes de oficinas mecânicas, no Jardim Noroeste, em Campo Grande. Sua capacidade de armazenamento é de 15 mil litros de água.

Na época, ele investiu R$ 35 mil mas recuperou R$ 57 mil ao longo dos anos. Por mês, a economia chega a R$ 7,2 mil com a tarifa de água, o que alivia e muito, as finanças da empresa. "Como eu economizo com a conta de água, não reajusto o valor do meu serviço para os clientes, porque meu custo é menor", diz ele ao afirmar não ter sofrido com a crise econômica enfrentada pelo País.

Modelo de estação de tratamento fica no fundo da empresa para explicar como o sistema funciona.  (Foto: Divulgação)
Modelo de estação de tratamento fica no fundo da empresa para explicar como o sistema funciona. (Foto: Divulgação)
Água captada nas calhas do telhado caem em reservatório. (Foto: Divulgação)
Água captada nas calhas do telhado caem em reservatório. (Foto: Divulgação)

No bolso - As contas de água não mentem. Em mês de chuvas regulares o consumo é de 10 mil litros, considerada tarifa mínima, e o valor pago de R$ 90, em média. Porém, sem a colaboração de São Pedro, o empresário chega a consumir 35 mil litros de água por mês e por isso, tem que desembolsar R$ 580.

"Há oito anos, quando eu decidi captar a água da chuva, pensei primeiro na questão ambiental e depois no custo mais baixo. Hoje, qualquer empresa para sobreviver no mercado, tem que levar em consideração o custo", conta Paulo que tem pós-graduação em gestão ambiental e especialização em antropologia.

Foi estudando que o empresário conheceu o sistema e decidiu implantar na Toalheiro Campo Grande. Apesar de eficiente, Paulo precisa contar com a colaboração das chuvas para manter sua economia, por isso que, em meses de seca seu gasto é maior e pode chegar a 35 mil litros de água.

Para ampliar a capacidade de armazenamento, Paulo está investindo mais R$ 50 mil para conseguir estocar 45 mil litros de água da chuva. "Estou ampliando o armazenamento para que a empresa tenha autossufiência e não seja necessário utilizar água da rede".

O coordenador de meio ambiente da Águas Guariroba, Fernando Garayo afirma que sistemas executados por empresários ou pessoas são fundamentais para a cidade. "Se todo mundo tivesse uma atitude como essa, talvez os estados não enfrentem uma crise hídrica", diz.

"A conscientização da população não gastando água e fazendo captações como a de Paulo, contribui muito para o meio ambiente", destaca Fernando ao lembrar que cuidar do meio ambiente é responsabilidade de todos.

Cada gota de água economizada, em cada ação individual, é capaz de ajudar na preservação do Meio Ambiente e contribuir para a continuidade das espécies.   (Foto: Marcos Ermínio)
Cada gota de água economizada, em cada ação individual, é capaz de ajudar na preservação do Meio Ambiente e contribuir para a continuidade das espécies. (Foto: Marcos Ermínio)
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