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Meio Ambiente

Comandante da PMA mostra que autonomia é chave da boa gestão

Ricardo Campos Jr. | 10/04/2017 17:30
tenente-coronel Jefferson Vila Maior, comandante da PMA (Foto: André Bittar)
tenente-coronel Jefferson Vila Maior, comandante da PMA (Foto: André Bittar)

Firmar parcerias para obter autonomia administrativa e gerar economia ao Estado. Estas têm sido as metas e as árduas, porém bem sucedidas, tarefas do tenente-coronel Jefferson Vila Maior, comandante da PMA (Polícia Militar Ambiental).

Há um ano à frente da corporação, ele dá exemplo de gestão, usando o resultado do próprio trabalho da companhia para revertê-lo em benfeitorias.

“Logo que assumi, em dezembro do ano passado, uma das prioridades foi correr atrás de parcerias. Por meio delas conseguimos nos reaproximar do MPE (Ministério Público Federal), Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e outros órgãos voltados à preservação ambiental”, diz Vila Maior.

A estratégia foi bastante simples. No caso do MPE, por exemplo, ele conseguiu retomar a destinação à PMA de parte dos recursos obtidos no pagamento de multas ou TACs (Termos de Ajuste de Conduta) pagos e firmados por quem cometeu crimes ambientais.

“Quando a gente faz uma autuação, o autuado tem que fazer uma compensação do prejuízo ambiental. O MPT (Ministério Público do Trabalho) ou MPE nos repassa, através de barcos, viaturas, uniformes e decibelímetros (aparelho usado para medir intensidade do som)”, diz o comandante.

Ou seja, a medida aliviou os cofres públicos, uma vez que o governo não precisou arcar com esses materiais. A aquisição dos decibelímetros permitiram ainda a ampliação dos trabalhos de fiscalização de denúncias de som alto, que antes dependiam de poucos equipamentos desse tipo.

À frente da PMA, tenente conseguiu viaturas novas para 16 unidades em MS (Foto: André Bittar)
À frente da PMA, tenente conseguiu viaturas novas para 16 unidades em MS (Foto: André Bittar)

Alguns repasses em dinheiro permitiram a compra de viaturas novas para as unidades de Naviraí, Dourados, Batayporã, Campo Grande, Jardim, Aquidauana, Corumbá, Miranda, Bonito, Anaurilândia, Bataguassu, Coxim, São Gabriel, Rio Negro, Aparecida do Taboado e Cassilândia.

Parte da nova frota já foi entregue. Esta semana, outras oito serão colocadas na ativa na Capital e interior.

“Com a busca de recursos e estamos buscando autonomia. Tornar a PMA autosustentável, deixando o estado com as obrigações especificas, como a compra de armas e coletes”, diz Vila Maior.

Além disso, também foram adquiridos, em um ano, barcos para os quartéis que cobrem os rios, principalmente no Pantanal, além da reforma de algumas dessas unidades, como por exemplo a de Corumbá, onde foi inclusive construído um museu do meio ambiente.

A antiga embarcação usada pelos policiais da Cidade Branca está sendo reformada para levar alunos pelos rios para aprofundar o conhecimento obtido durante a visita à exposição.

Na parte de educação ambiental, aumentaram em cerca de 40% o número de vagas do Projeto Florestinha, que atende jovens carentes em atividades extraclasse voltadas à preservação do meio ambiente e disciplina. São adolescentes que estariam sujeitos a todo o tipo de má influência se ficassem nas ruas no contraturno escolar.

“Fechamos uma parceria com a MS Gás e com a Energisa, que está ajudando a gente na questão da iluminação, ar condicionado e economia de energia da sede do projeto. Fomos procurados recentemente por algumas empresas interessadas em inseri-lo em cidades na Bacia do Pantanal”, afirma o comandante.

Graças ao trabalho de Vila Maior, várias parcerias entre a corporação e entes públicos foram reativadas (Foto: André Bittar)
Graças ao trabalho de Vila Maior, várias parcerias entre a corporação e entes públicos foram reativadas (Foto: André Bittar)

Metas – Finalizar a troca dos barcos usados pela PMA é o próximo objetivo do gestor. “Como conseguimos fazer troca de 99% da frota de veículos, nós estamos partindo para o policiamento fluvial".

Vila Maior está buscando agora transformar termos de cooperação firmados em Brasília com o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) em parcerias mais abrangentes que ajudem a reaver parte dos recursos oriundos do trabalho da PMA em áreas da União.

Além disso, a corporação está desenvolvendo um trabalho para ajudar os produtores rurais que muitas vezes cometem crimes pela simples falta de conhecimento entre o que pode ou não. O objetivo será evitar o dano antes que ele aconteça.

“Já atuávamos com as crianças nas escolas, nos centros urbanos e rurais, com os pescadores nas colônias e agora vamos ao produtor. Que adiantou a policia naquele prejuízo na vegetação que demorou anos para se formar e foi suprimida em meses? Por isso que queremos trabalhar com a conscientização”, conclui.

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