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Meio Ambiente

Em área de proteção, cachoeira estaria sendo explorada economicamente

Osvaldo Júnior | 28/08/2017 17:42
Cachoeira Ceuzinho, na região do Ceroula (Foto: Arquivo)
Cachoeira Ceuzinho, na região do Ceroula (Foto: Arquivo)

Um dos refúgios naturais do calor e da agitação de Campo Grande, o Ceuzinho, na região do Ceroula, a 15 quilômetros da Capital, não apenas sofre com a depredação, como também estaria sendo explorado economicamente. A cachoeira está em área de preservação ambiental, de propriedade da concessionária Energisa de Mato Grosso do Sul.

Leitor do Campo Grande News reclamou, via rede social, que uma pessoa, identificada como “Cidão”, estaria cobrando R$ 10 para o uso da cachoeira. “Perguntamos ao Cidão o que dava a ele o direito de cobrar este valor, que ele mostrasse um alvará da prefeitura ou escritura do terreno, mostrando que o mesmo é proprietário do local, o mesmo riu da nossa cara”, afirma.

A pessoa referida pelo leitor se chama José Aparecido Lima. Ele informou ao Campo Grande News que é produtor rural e que arrenda terra em local próximo da cachoeira e planta lavouras diversas.

José Aparecido afirmou que cobra o valor de R$ 10 para ter controle maior do uso da terra que arrenda. “Cobro de quem quiser deixar o carro ou a moto aqui”, disse. “Aqui tem muita bagunça. Então, eu comecei a cobrar pra tentar organizar um pouco mais aqui do meu lado”, contou.

De acordo com José Aparecido, a parte em que está sua terra não pertence à área da concessionária. “A da Energisa é do outro lado”, enfatizou. Ele acrescenta que, no fim de semana, há muito som alto e uso de drogas. “Estão acabando com meio ambiente. O lugar é lindo, mas as pessoas estão degradando a natureza, poluindo o rio”, afirmou.

A Energisa foi procurada e respondeu, em nota, que não há autorização para exploração da área ou uso para outros fins. 

Abaixo, segue a nota na íntegra:

“A Energisa esclarece que o terreno citado, localizado na Área de Preservação Ambiental do Córrego Ceroula, trata-se de uma propriedade privada da concessionária Energisa Mato Grosso do Sul e que não existe autorização ou consentimento para exploração, travessia ou uso na área para acesso a demais localidades. Assim sendo, ao adentrar o local sem autorização prévia, caracteriza-se crime de invasão de propriedade privada”.

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