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Meio Ambiente

Em dez dias, MS tem 250 focos de calor e é o 4º no ranking brasileiro

Ricardo Campos Jr. | 11/07/2017 11:49
Queimada na Estrada-Parque, no Pantanal em Corumbá 9Sandra Santos/Embrapa Pantanal)
Queimada na Estrada-Parque, no Pantanal em Corumbá 9Sandra Santos/Embrapa Pantanal)

Em dez dias, a quantidade de focos de calor monitorados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) cresceu a ponto de fazer Mato Grosso do Sul subir uma posição no ranking nacional e elevar para 29% o percentual de aumento nos pontos críticos entre 1º de janeiro e 10 de julho, em comparação com o mesmo período do ano passado.

São considerados focos de calor os locais onde a temperatura passa dos 47°C, aumentando o risco de incêndios na vegetação.

Até o dia 1º de julho o estado havia registrado 998 pontos críticos, o quinto maior acumulado do Brasil. Desde então já foram 250 focos de calor a mais, o que rende a quarta posição no ranking. Somente ontem, Mato Grosso do Sul teve 17 focos, o oitavo maior valor do país.

Grande parte desses locais concentra-se no Pantanal. Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande, por exemplo, teve 14 focos de calor apenas ontem. A Cidade Branca este ano teve 646 pontos críticos, o maior índice do país.

O período em que as queimadas aumentam no estado compreende os meses de agosto e setembro. Órgãos que atuam na linha de frente contra as chamas já começam a se preparar.

Em Corumbá, por exemplo, a brigada do Prevfogo do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) atendeu no domingo passado a sua primeira ocorrência em um assentamento local, onde foram consumidos pelas chamas sete hectares, segundo o gerente estadual do grupo, Bruno Águeda.

Segundo ele, em Mato Grosso do Sul foram formadas quatro equipes. Três delas compostas exclusivamente por 11 indígenas cada e sediadas em aldeias. As duas primeiras ficam em terras Kadiwéu em Porto Murtinho, uma na aldeia São João e outra na Alves de Barros. A outra fica na Limão Verde, em Aquidauana, de etnia terena.

Em Corumbá a equipe conta com 21 pessoas, fora o gerente. Todos os integrantes passam por uma seleção e treinamento, sendo contratados em caráter temporário pelo Ibama, sendo considerados funcionários públicos.

As brigadas contam com abafadores, bombas costais “e ultimamente temos usado soprador de ar. Tivemos um treinamento bem eficiente, principalmente na área do Pantanal, onde temos morrarias e esse equipamento demonstrou ser de grande importância”, completa.

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