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Meio Ambiente

Incêndio na região do Porto da Manga consumiu mais de 1,6 mil hectares

Fogo foi combatido por brigadistas e bombeiros, que contaram com ajuda de chuva “inesperada”

Humberto Marques | 27/08/2019 19:04
Queimadas na região do Porto da Manga destruíram 1,6 mil hectares de vegetação. (Foto: Divulgação)
Queimadas na região do Porto da Manga destruíram 1,6 mil hectares de vegetação. (Foto: Divulgação)

Incêndio que atingiu a região do Porto da Manga, em Corumbá –a 419 km de Campo Grande–, destruiu mais de 1,6 mil hectares de vegetação. Os focos de calor no Pantanal vêm contando com atenção do Corpo de Bombeiros e brigadistas treinados pelo Prevfogo que, entre a noite de segunda-feira (26) e a madrugada deste sábado (27), contaram também com a ajuda de uma chuva inesperada.

Segundo a assessoria do governo estadual, a planície pantaneira registrou chuvas entre 10 e 30 milímetros, que contribuíram para conter os focos de calor. A região do Porto da Manga, na Nhecolândia, foi uma das mais atingidas.

“Foi um trabalho intenso de quatro dias na região da Manga e a chuva finalizou o serviço que já estava no rescaldo”, destacou o gerente estadual do PrevFogo, Bruno Águeda. O grupamento atuou com 27 homens no combate às chamas, ao lado do Corpo de Bombeiros.

A chuva que atingiu o Pantanal na região ajudou a conter os demais focos. “Choveu pouco, mas praticamente em todo o Pantanal”, destacou Luciano Leite, presidente do Sindicato Rural de Corumbá. O acumulado de chuva em algumas regiões não passou de 30 milímetros.

A Defesa Civil também aponta que o fogo intenso na Serra da Bodoquena, nas imediações da aldeia Alves Ferreira, que integra a reserva kadiwéu, também foi controlado. O fogo que atingiu o Morro do Chapéu e o Pantanal do Jacadigo, em Corumbá, também foi debelado –neste último, foram queimados cerca de 600 hectares. A aldeia São João, em Bonito, é alvo de monitoramento.

Apoio – O Exército também ajudou o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) a conter o fogo na região do Porto da Manga. Os temores envolviam a chegada do incêndio à comunidade onde vivem cerca de 200 pessoas, às margens do Rio Paraguai –as chamas chegaram a 100 metros do local e, com apoio de maquinário de uma empreiteira, os moradores conseguiram limpar a área ao redor das casas.

“A chuva foi a nossa salvação”, revelou Delson Pereira, 55, morador do Porto da Manga. “Moro aqui há mais de 30 anos e nunca vi um incêndio como esse na região, não sabemos como ocorreu”.

O Porto da Manga está localizado na MS-228, ligando a Estrada Parque à MS-184. O fogo na região se espalhou entre a morraria do Urucum e o Rio Paraguai. O Ibama contabilizou 1,6 mil hectares de áreas queimadas, sendo que as causas do fogo estão sob apuração.

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