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Meio Ambiente

Ipê que sobreviveu à poda radical 'some' com obra na Via Parque

Priscilla Peres e Amanda Bogo | 15/07/2017 09:25
Algumas árvores ficaram na rotatória.(Foto: Amanda Bogo)
Algumas árvores ficaram na rotatória.(Foto: Amanda Bogo)
Foto de 2012 mostra ipô podado. (Foto: Rodrigo Pazinato/Arquivo)
Foto de 2012 mostra ipô podado. (Foto: Rodrigo Pazinato/Arquivo)

Há cinco anos a poda radical de um ipê localizado no cruzamento das avenidas Mato Grosso e Via Parque, virou caso de polícia, além de gerar uma comoção generalizada. A árvore, que estava a caminho de florescer novamente, sumiu da rotatória que está em obras para melhorar o tráfego de veículos.

Em novembro de 2012, o ipê foi totalmente podado porque atrapalhava a visão de um painel eletrônico instalado na esquina. O caso ganhou repercussão com a divulgação nas redes sociais e foi parar na polícia quando a prefeitura afirmou que não havia dado autorização para a poda.

A nova floração da árvore dura em média cinco anos e, pela data, ocorreria nesse ano. Em março deste ano, o Campo Grande News noticiou que a prefeitura retirou árvores da avenida Mato Grosso devido às obras que estavam começando.

Com o avanço dos serviços, o ipê sumiu. Havia a informação da prefeitura de que parte das árvores seria replantada, mas a informação apurada pela reportagem é que no caso dessa planta, foi retirada "aos pedaços".

O projeto local prevê a instalação de semáforos no cruzamento, além de redução da rotatória e canteiros centrais. Foram retirados dois metros de cada lado do canteiro central da Mato Grosso, e várias árvores retiradas.

Para quem mora em Campo Grande e é acostumado com as árvores nas ruas é difícil não reparar em podas ou cortes. A professora Isabella Ruas, 39, afirma que entende a necessidade da retirada, mas gostaria de ver as árvores sendo plantadas novamente. “Sou contra, antes tinham vários coqueiros aqui na Mato Grosso. Espero que depois que as obras terminem eles plantem as árvores novamente ou em outros espaços”.

O segurança Lindomar Barbosa da Silva, 38, lembra do benefício das árvores para a cidade. "Cortaram muitas árvores e eles tinham que replantar para não danificar mais ainda. São as árvores que amenizam esse calor forte, e se for acabando com a natureza vai prejudicar o meio ambiente e refletir no dia a dia das pessoas”.

Não é dificil achar árvores cortadas pelas ruas. (Foto: Amanda Bogo)
Não é dificil achar árvores cortadas pelas ruas. (Foto: Amanda Bogo)

Regras - O Plano Diretor de Arborização Urbana de Campo Grande prevê nos artigos 16, 19 e 21 da lei complementar n° 184 multas para os casos de podas e remoções irregulares de árvores. As sanções variam entre R$ 456,46 à R$ 15.824,22.

Para solicitar um poda ou remoção de árvore o cidadão deve ir até a Central de Atendimento ao Cidadão - localizada na Rua Marechal Candido Mariano Rondon, 2655, Centro -, procurar o setor Protocolo Geral e solicitar a abertura de processo referente à poda ou remoção de árvores. Após a abertura deste processo, o mesmo será encaminhado à Semadur para que o fiscal realize a vistoria e assim seja emitido o laudo de vistoria, permitindo ou não o corte.

A Semadur disponibiliza a todos o Guia de Arborização Urbana que explica todos os procedimentos e técnicas corretas para o planejamento de arborização da cidade. O manual tem informações que vão desde a escolha adequada da espécie a ser plantada até dicas sobre poda e remoção de árvores.

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